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Vendas Sumol+Compal caem 3,7%

Por a 13 de Abril de 2010 as 11:13

O volume de negócios da Sumol+Compal, no exercício de 2009, totalizou 327 milhões de euros, representando um decréscimo de 3% face ao ano anterior, com as vendas e prestações de serviços a demonstrarem performances distintas.

As vendas globais do grupo registaram uma quebra de 3,7% para 308,5 milhões de euros, com o mercado nacional a decrescer 3,3% para 254,6 milhões de euros, enquanto os mercados externos cresceram 1,5% para 53,9 milhões de euros, salientando o comunicado enviado à CMVM pela empresa, nascida da fusão entre a Sumol e Compal, que “21,2% das vendas totais foram realizadas nos mercados internacionais”. As vendas para os cinco principais mercados externos (Angola, Cabo Verde, Espanha, França e Suíça) que representam 83,9% das vendas totais destes mercados, cresceram 3,9%.

Em volume, a Sumol+Compal informa que foram colocados no mercado 384,2 milhões de litros de bebidas, correspondendo a uma quebra de 2,3% face a 2008.

No comunicado, a empresa refere que, para a marca COMPAL, “o ano de 2009 fechou em território negativo, no que diz respeito ao volume de Sumos&Néctares”, apontando “a agressividade das MDD no retalho moderno, principalmente em supermercados e lojas discount”, como principal factor explicativo.

“A maior adesão dos consumidores às MDD caracterizou a dinâmica de quase todos os mercados de bens de grande consumo, com especial incidência em 2009 em bebidas, particularmente Sumos&Néctares. Uma maior sensibilidade dos consumidores a preço, fruto do ambiente económico que se viveu, aliado a uma melhoria genérica de qualidade de produto e embalagem das MDD foram os principais catalisadores desse movimento”, admite a Sumol+Compal.

Dentro do universo Compal, o Clássico registou um crescimento de 2%, em volume, face a 2008, sendo, segundo a companhia, “uma das marcas com maior inflexão de performance ao longo do ano” e onde as inovações “trouxeram um volume incremental de 1,7 milhões de litros e representaram 6% do total da marca em 2009”.

Nos casos do Light e Fresh, o primeiro registou um decréscimo de 7,2% face ano anterior, com perdas específicas nos canais alimentar e distribuidores, enquanto o Fresh terminou o ano de 2009 com uma perda acentuada de 16% em volume, “resultante da contínua pressão das MDD, principalmente no que diz respeito a Sumos 100%”.

Em matéria de Sumos&Néctares, Compal Vital manteve e acelerou a performance que vinha registando já desde 2008, tendo fechado o ano com um crescimento de praticamente 30% em comparação homóloga.

Já a marca Sumol teve, segundo a empresa, “uma evolução fortemente condicionada pela tendência do segmento de Fruit Flavours, registando um desvio negativo de 4% face ao ano de 2008”, admitindo a Sumol+Compal que “esta prestação deve-se a alguma substituição de consumo de refrigerantes de fruta por MDD de Sumos&Néctares, bem como de Iced Teas, tendo sido um ano adverso para o segmento Fruit Flavours o qual recuou com expressão”.

No ano de 2009, as vendas de Um Bongo atingiram os 13 milhões de litros, perdendo 7% quando comparadas com o ano anterior, enquanto a marca 7UP viu o seu volume crescer cerca de 3% face a 2008. Já a marca PEPSI registou um ano ímpar com uma progressão positiva na ordem dos 14% em volume face ao ano anterior, atingindo os 22 milhões de litros.

Guaraná Antarctiva e B! Cresceram, face a 2008, 7 e 13% em volume, respectivamente, vendendo a primeira marca mais 300 mil litros que no exercício anterior, enquanto B! evoluiu cerca de um milhão de litros.

No segmento das Águas com Gás, a marca Frize fechou o ano de 2009 com um decréscimo de 9% em volume, referindo a Sumol+Compal que este resultado “é consequência do desempenho negativo do mercado, que decresceu 7% [Fonte: A. C. Nielsen], e do impacto negativo em vendas, nos dois primeiros meses do ano, resultante da fusão”.

No segmento das Águas sem Gás, a marca Água Serra da Estrela fechou o ano de 2009 com um decréscimo de 5,7%, situando-se a quota de mercado nos 4,6%, o que representa uma queda de 0,4 pontos percentuais, para nas cervejas a Tagus decair 23,4%, em volume.

Finalmente, o negócio de Vegetais e Derivados de Tomate com marca Compal terminou o ano com um decréscimo de 5% em volume, na comparação com 2008, tendo ambos os segmentos caído, sendo a perda mais expressiva, em termos homólogos, em Derivados de Tomate.

Já os resultados líquidos da companhia passaram de 14 para 5,9 milhões de euros, com o EBITDA a totalizar 37,9 milhões de euros, informando a Sumol+Compal que, excluindo gastos de reestruturação e não recorrentes, o crescimento foi de 26%.

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