Distribuição

Metro espera vender Kaufhof em 2010

Por a 1 de Abril de 2010 as 11:43

Eckhard Cordes, CEO do grupo Metro, admitiu recentemente ao Financial Times, esperar conseguir vender a insígnia Galeria Kaufhof durante o ano de 2010. O responsável máximo pela operação do retalhista alemão referiu que existe uma private equity interessada no Kaufhof, avançado fontes próximas do processo que os planos da Metro passam por manter uma posição minoritária, em causo de venda.

“Os planos que temos e nos quais estamos a trabalhar visam a vendabilidade da Kaufhof em 2010”, referiu Cordes. Esta intenção de venda do Kaufhof por parte do grupo Metro já existe há pelo menos dois anos, mas foi refreada pela crise económica.

Cordes salientou que “o financiamento deverá estar disponível agora para grupos de private equity. Temos tido contactos regulares com estas firmas [desde 2008]”, admitindo ainda que “todos nos disseram que, uma vez recuperados os mercados, renovamos o nosso interesse”.

De referir ainda que qualquer processo de vendas envolvendo o Kaufhof, que detinha 126 lojas no final de 2009, poderá influenciar os planos da administração da Arcandor, o retalhista alemão que se encontra em processo de insolvência, para vender os department stores Karstadt.

A administração da Arcandor pretende vender a Karstadt até ao final de Abril e também citou a existência de interesses por parte de private equities. Cordes referiu acreditar que um potencial comprador estará interessado “em juntar um número de lojas Karstadt [cerca de 120] ao negócio do Kaufhof”, algo em que a Metro já tinha demonstrado interesse em fazer.

O Kaufhof obteve lucros de 119 milhões de euros, em 2009, tendo facturado 3,5 mil milhões de euros. Relembre-se que o grupo Metro registou lucros de 2 mil milhões de euros, com receitas superiores a 65 mil milhões de euros, a partir dos negócios de cash&carry e dos hipermercados Real e das insígnias electrónicas Saturn e Media Markt, salientando Cordes que, ao contrário do Kaufhof, estes negócios são mais internacionais, “detendo melhores perspectivas de crescimento”.

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