Destaque Distribuição

Retalho cai 1% em 2009

Por a 30 de Março de 2010 as 14:50

O 1.º Barómetro de Vendas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), apresentado hoje (Terça-feira), indica que o Retalho em Portugal (Alimentar e Não Alimentar) registou, em 2009, uma quebra de 1% no volume de vendas face ao ano anterior, totalizando 17,253 mil milhões de euros, contra os 17,422 mil milhões de há um ano.

Luís Vicente Dias, presidente da APED, destacou o comportamento global dos retalhista, “num ano marcado pelo crise económica”, salientando a diferença no comportamento entre o retalho alimentar e o retalho não alimentar.

Na realidade, em 2009, verificou-se que o retalho alimentar teve uma performance positiva, tendo registado um aumento no volume de vendas de 1%, principalmente impulsionado pela venda de produtos perecíveis, enquanto os Fast Moving Consumer Goods (FMCG) tiveram uma ligeira quebra, obtendo, no primeiro caso, uma facturação de 3,2 mil milhões de euros, enquanto no segundo as receitas ascendem a 8,6 mil milhões de euros. Na globalidade, o retalho alimentar facturou mais 82 milhões de euros que no ano de 2008, totalizando 11,8 mil milhões de euros.

Já o retalho não alimentar viu o volume de vendas cair 4% para 5,422 mil milhões de euros, “muito devido ao adiamento claro de algumas compras”, salientou Vicente Dias.

Mesmo no retalho não alimentar houve comportamentos diferenciados, com os bens de equipamento e o vestuário a registarem ambos quebras (9 e 3%, respectivamente), enquanto o entretenimento+papelaria e os medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) a aumentar o volume de vendas em 5 e 8%, respectivamente.

No barómetro, que passará a ser feito trimestralmente, destaque ainda para o facto que no conceito alimentar, os supermercados terem sido os únicos a ganhar quota de mercado (+4,2%), enquanto hipers, discounts e tradicionais registaram uma quebra.

Por categoria de produto (em valor), saliente-se a quebra dos frescos e dos lácteos (-1,1 e 0,8%, respectivamente) em quota de mercado, ao passo que as bebidas, charcutaria, mercearia e DPH aumentaram a sua quota face ao ano 2008.

Finalmente, os MNSRM vendidos nas Áreas de Saúde da distribuição registaram uma subida de 35% para 28 milhões de euros, performance que foi superior à registada nas farmácias (+5%) e outras parafarmácias (+19%). Ao todo, abriram, em 2009, 61 novas Áreas de Saúde na distribuição.

De referir que este barómetro foi baseada no somatório acumulado das vendas dos diversos mercados analisados pelas empresas de estudo de mercado Nielsen, GfK e TNS.

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