Distribuição

MC e SR fundamentais nos resultados da Sonae

Por a 17 de Março de 2010 as 15:29

Dos 5,665 mil milhões de euros de receitas que a Sonae obteve no final de 2009, mais de 4,2 mil milhões vieram das operações de retalho, mais concretamente Sonae MC (Continente, Modelo, Bom Bocado, Área Saúde e Book.it) e Sonae SR (Worten, Worten Mobile, Vobis, Sportzone, Loop, Modalfa e Zippy).

No caso da Sonae MC, o volume de negócios aumentou 6%, reflectindo o aumento de 1% das vendas numa base comparável, com o aumento de 5% do volume numa base comparável a compensar uma redução do preço médio unitário (-4%). A Sonae MC abriu cerca de 39 mil m2 de área de venda, em 2009, inaugurando 89 novas lojas, destacando Paulo Azevedo ainda o “sucesso do cartão de fidelização e o significativo investimento em marca própria, a representar 23% da categoria de bens de grande consumo”. De resto, segundo as contas da empresa, a Sonae MC deu cerca de 204 milhões de euros de desconto em cartão de cliente/talão.

Com o investimento (CAPEX) a atingir os 137 milhões de euros, valor ligeiramente superior ao de 2008, Paulo Azevedo deixou bem claro que o desempenho da Sonae MC “foi conseguido apesar do Continente ser a única das cinco principais cadeias de venda de produtos alimentares em Portugal obrigada a encerrar aos domingos à tarde”, situação que o responsável máximo classificou de “quase criminoso”.

De resto, as palavras-chave deixadas por Paulo Azevedo para a operação de retalho alimentar foram “liderança e crescimento”, referindo que “é, de facto, notável termos conseguido crescer 6% quando o mercado de retalho nacional cresceu 3%, demonstrando esta performance a aposta que é feita, bem como reconhecimento por parte do consumidor.

Com as marcas próprias a representarem cerca de ¼ das vendas de Fast Moving Consumer Goods (FMCG), detendo 70.000 referências no Continente e mais 40.000 no Modelo, Paulo Azevedo deixou a garantia de que “estamos a estudar novos conceitos e modernização das lojas”, além de admitir que “estamos atentos a oportunidades de internacionalização do negocio”.

No caso da Sonae SR, o CEO do grupo destacou o crescimento do negócio e “o papel muito importante na estratégia de internacionalização da Sonae”. Totalizando receitas de 1,132 mil milhões de euros, dos quais 144 milhões vieram da operação internacional, Paulo Azevedo referiu que “num mercado em forte decréscimo, mais concretamente nas lojas de tecnologia, a Worten cresceu 8%”, salientando ainda a performance da Zippy e Modalfa.

“O negocio não alimentar atingiu a maturidade em Portugal e, por isso, o caminho terá de ser a internacionalização”, disse Paulo Azevedo, acrescentando ainda que “entrar num país novo com três áreas do retalho já é muito difícil. Ter sucesso é algo que tem de ser destacado”.

Com Sonae MC e Sonae SR a crescer, em conjunto, 10%, o CEO do grupo salientou que a SR internacional é responsável por 30% do crescimento.

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