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Queda de vendas e lucros na Henkel

Por a 10 de Março de 2010 as 11:43

A Henkel registou quebras nas receitas e lucros no final do exercício de 2009. A multinacional alemão, detentora de marcas como Persil, Fa, Purex ou Schwarzkopf, obteve vendas de 13,573 mil milhões de euros no exercício transacto, correspondendo a uma quebra de 3,9% face ao ano anterior.

Já os lucros caíram 49,1% para 628 milhões de euros contra os 1,233 mil milhões de euros conseguidos no final de 2008.

Por área de negócio, a Henkel informou, recentemente, que a Limpeza e Cuidado do Lar caiu 1% nas vendas, totalizando 4,129 mil milhões de euros (4,172 mil milhões em 2008), enquanto a Cosmética/Cuidados Pessoais totalizaram receitas de 3,010 mil milhões de euros (-0,2% face aos 3,016 mil milhões de 2008). Finalmente, a área de Adhesive Technologies registou a maior quebra (-7,1%) caindo as vendas para 6,224 mil milhões de euros contra os 6,7 mil milhões do ano anterior.

“Para a Henkel – e a economia mundial na sua globalidade – 2009 será recordado como um ano muito difícil”, salienta Kasper Rorsted, presidente do Conselho de Administração da Henkel, em comunicado.

O responsável máximo da companhia germânica refere, contudo, ter feito “um bom progresso na obtenção dos nossos objectivos financeiros de 2012. Os nossos resultados reflectem os esforços incansáveis para tentar adaptar as nossas estruturas e reduzir os nossos custos. Demonstrámos que, até em condições adversas de mercado, podemos agir rapidamente e de forma decisiva. Uma vez mais, as nossas marcas fortes contribuíram consideravelmente para o bom desempenho”, refere Rorsted, adiantando que “colocámo-nos numa posição forte e esperamos melhorar significativamente os nossos resultados no presente exercício”.

Com 8,335 mil milhões de euros, as vendas orgânicas da região da Europa/África/Médio Oriente estiveram 1,9% abaixo do nível do exercício anterior. Enquanto os sectores dos bens de consumo conseguiram gerar um aumento das vendas, o sector de Adhesive Technologies apresentou uma descida no intervalo percentual de dois dígitos, registando-se, igualmente, uma descida das vendas na Europa Ocidental.

Por outro lado, na Europa Oriental, as vendas orgânicas sofreram um aumento de um único dígito e a sub-região da África/Médio Oriente registou mais uma vez um crescimento de dois dígitos. De uma maneira geral, a parte das vendas da região desceu de 63 para 61%.

Já na região da América do Norte, as vendas desceram em 8,6% para 2,546 mil milhões de euros, tendo sofrido consideravelmente todos os sectores da empresa com as condições económicas subjacentes, nomeadamente durante o primeiro semestre do exercício.

A região da América Latina continuou a desenvolver-se, registando um crescimento orgânico das vendas de 5% para 825 milhões de euros, tendo todos os sectores comerciais contribuído para este crescimento. A parte das vendas atribuída à América Latina aumentou de 5 para 6%.

À semelhança da Europa e América do Norte, a região da Ásia-Pacífico sentiu os efeitos da crise económica, tendo-se sentido um decréscimo nas vendas orgânicas para 1,657 mil milhões de euros, 5,8% abaixo do nível do exercício anterior.

A Henkel considera que “as condições de mercado dominantes na economia real nos mercados financeiros ainda que ligeiramente animadoras são ainda frágeis”. Os responsáveis da empresa admitem que “o clima económico geral e respectivos desenvolvimentos permanecem assim difíceis de prever com grande precisão”, concluindo que as orientações da Henkel para o presente exercício “baseiam-se partindo do pressuposto de um crescimento económico moderado, mas sem esperar uma recuperação constante ou qualquer dinâmica de crescimento global”.

Finalmente, no que diz respeito à Henkel Ibérica, as vendas a terceiros de 2009 ascenderam a 548,3 milhões de euros, 14% menos que no ano anterior. “A crise espanhola, o desemprego elevado e a consequente quebra de consumo global e da actividade industrial tiveram um impacto directo nos mercados em que actuamos, afectando as nossas vendas. No entanto, estamos satisfeitos com estes resultados, tendo em conta que este ano fiscal tem sido realmente complicado, mas graças às nossas inovações, ao aumento da nossa eficiência e às rápidas medidas adoptadas fomos capazes de melhorar trimestre a trimestre. Dispomos de um grande portfolio de marcas que, apesar da crise, estão a responder muito bem no mercado, os consumidores confiam na Henkel porque temos uma cultura inovadora que nos diferencia e por isso conseguimos ver o futuro com optimismo”, refere Luis Carlos Lacorte, presidente da Henkel Ibérica.

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