E-commerce cresce mais que retalho físico
Em 2010, o e-commerce deverá ser responsável por cerca de 7% de todas as compras efectuadas nos EUA. Um estudo recente revela que 42% de todas as compras efectuadas no retalho, em 2009, foram influenciadas, de alguma forma, pela Internet.
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Victor Jorge
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Em 2009, o e-commerce nos EUA conseguiu, segundo o último relatório da Forrester Research, “fintar” a crise, registando um crescimento de 11% para alcançar os 155,2 mil milhões de dólares (cerca de 114 mil milhões de euros). A consultora avança que 2010 será mais um ano de crescimento para o e-commerce nos EUA, apontando um aumento de 11% face a 2009.
Se ontem tínhamos dado conta no www.backoffice.hipersuper.pt que 32% de todo o e-commerce mundial é detido por pessoas com idades inferiores a 35 anos e que homens e mulheres têm motivações diferentes para iniciar o e-commerce, este relatório da Forrester Research adianta que as compras electrónicas começam a registar uma estabilização. A consultora indica ainda que cerca de 52% de todo o hardware, software e periféricos para computadores é comprado online e que, por isso, será normal registar-se uma “estabilização nos próximos anos”.
“Ainda se registam altos níveis de crescimento, mas, actualmente, estamos numa base muito maior”, admite Sucharita Mulpuru, analista de e-commerce da Forrester, que compara o crescimento de 11% das compras online com o aumento de 2,5% previsto pela National Retail Federation para a generalidade do retalho, em 2010.
Em 2010, o e-commerce deverá ser responsável por cerca de 7% de todas as compras efectuadas nos EUA, excluindo automóvel, viagens e farmácia. Mulpuru avança que “este número poderá chegar aos 20% rapidamente”, à medida que as novas gerações que cresceram com o e-commerce ganham cada vez mais poder de compra.
Em termos imediatos, a Forrester Research admite que o e-commerce cresça alavancado nas compras de produtos electrónicos e calçado, mas também em categorias menos maduras como mobiliário, produtos de beleza e FMCG.
Além disso, o relatório refere que ainda existe áreas que nada t~em a ver com compras online,mas que já estão a ser exploradas pelos retalhistas. “O retalho está a utilizar a Internet e tecnologia móvel para influenciar as vendas na loja”, diz a Forrester. Um estudo da consultora revela, recentemente, que 42% de todas as compras efectuadas no retalho, em 2009 (no valor de cerca de 917 mil milhões de dólares) foram influenciadas, de alguma forma, pela world wide web, admitindo que este número possa chegar aos 53% já em 2014.
No futuro, diz a Forrester, “a linha entre a compra online e offline vai ficar cada vez mais ténue”. Mulpuru deixa, por exemplo, a seguinte questão: “se alguém comprar numa loja através de um telemóvel, é considerada uma compra online ou offline?”. Mulpuru sugere que “os retalhistas precisam de pensar em formas para utilizarem convenientemente a influência da Internet”.