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Sector da restauração português cai 5% em 2009

Por a 4 de Março de 2010 as 13:09

Os mais recentes dados divulgados pela consultora DBK indicam que o mercado português de restauração registou, em 2009, uma quebra de 5,4% para os 4,9 mil milhões de euros, num contexto de franca deterioração do consumo privado e ajuste de custos por parte das empresas. Estes números interrompe a evolução positiva que o sector vinha a registar no biénio 2007-2008, no qual se tinham verificado taxas de variação anuais entre os 2 e 4%.

A restauração com serviço de mesa continua a ser o segmento de maior peso no mercado total, concentrando cerca de 84% da facturação total, em 2009, correspondendo a cerca de 4,1 mil milhões de euros. Este segmento foi, de resto e segundo os dados da consultora, o mais afectado pela conjuntura económica desfavorável, tendo registado uma quebra de 6,5% face ao ano de 2008.

A restauração sem serviço de mesa, por sua vez, cresceu 0,9% para os 790 milhões de euros, correspondendo a uma quota global de cerca de 16%. Este crescimento deve-se, fundamentalmente, “ao bom comportamento das cadeias de comida rápida, que aumentaram a sua facturação em 2,1%, para os 595 milhões de euros”, revela a DBK.

O negócio de restauração com forte predominância dos hambúrgueres concentrou cerca de 50% do volume de negócios total do segmento de comida rápida, em 2009, enquanto as pizzarias tiveram um peso de 26%.

As previsões para 2010 realizadas pela consultora indicam uma nova descida do mercado, contudo, mais moderado que a realidade de 2009, estimando-se que a quebra se situe nos 0,5%. Para 2011, a DBK avança um cenário ligeiramente mais animador, com uma suave recuperação que deverá significar um aumento da facturação na ordem dos 2 a 3%.

Os grandes grupos de restauração continuarão a ganhar quota de mercado a curto prazo, quer através da expansão da sua rede de estabelecimentos, quer através do desenvolvimento de campanhas com base na redução de preço.

De acordo com a DBK, operaram em Portugal, em 2009, cerca de 30.000 empresa gestoras de estabelecimentos de restauração, gerando perto de 121.000 empregos. Lisboa continua a ser a cidade que concentra o maior número de operadores, com uma quota a rondar os 30% do total, seguida da zona Norte (25%), Centro e Algarve.

Apesar da autonomia da oferta e da alta participação que a restauração tradicional e independente mantém no nosso País, a DBK indica que nos últimos anos se registou uma concentração, destacando a expansão das cadeias de comida rápida que cresceram cerca de 5% face a 2008, totalizando no último exercício 1.050 estabelecimentos.

De referir que as primeiras cinco empresas a actuar neste sector reuniram uma quota conjunta de 7% no exercício de 2009, quota que aumenta para 9%, considerando as dez primeiras operadoras. No segmento de comida rápida, o grau de concentração sobe significativamente, reunindo as cinco primeiras empresas uma quota conjunta de 49%.

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