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Lucros JM ultrapassam os 200 milhões

Por a 3 de Março de 2010 as 15:17

O grupo Jerónimo Martins (JM) terminou o exercício de 2009 com um crescimento de 22,8% nos lucros face ao ano anterior de 2008, atingindo os 200,3 milhões de euros, batendo, assim, as previsões feitas recentemente pelos analistas que apontavam para um crescimento dos lucros na ordem dos 20% para um total de 195,5 milhões de euros.

Na conferência de imprensa que marcou a apresentação dos resultados do grupo, Alexandre Soares dos Santos, chairman da JM, frisou que “são poucas as companhias, em Portugal, que conseguem obter resultados desta magnitude”.

Destacando o facto da Jerónimo Martins ocupar, no ranking realizado pela Deloitte – “Global Powers of Retailing” – o 94.º lugar entre os 250 maiores retalhista mundiais, Soares dos Santos salientou ainda que, a JM “é a única empresa portuguesa em evidência no ranking dos 50 retalhistas mundiais com crescimentos médios anuais mais acelerados, entre 2003 e 2008, ocupando a 46.ª posição”. Mas também no diz respeito à criação de valor (medida que traduz o sucesso da estratégia no retorno sobre os activos fixos), a JM ocupa o 46.º lugar.

No que diz respeito ás receitas, tanto Soares dos Santos como Luís Palha, CEO da JM, admitiram que, “caso não tivesse sido a desvalorização da moeda polaca [sloty], a Jerónimo Martins teria atingido os 8 mil milhões de euros”. Assim, o grupo cresceu 6,1% face a 2008, totalizando 7,313 mil milhões de euros, destacando Luís Palha que “os objectivos foram integralmente atingidos, tendo o resultado crescido acima das vendas”.

Com a certeza de que “isto não acontece por acaso, mas que é fruto de um trabalho que começou há muito tempo, com uma estratégia bem definida”, Soares dos Santos garantiu que, em 2010, não haverá despedimentos na Jerónimo Martins, mantendo, assim, a política seguida pela companhia no ano de 2009. “As pessoas na Jerónimo Martins podem ficar descansadas que têm o seu emprego no dia seguinte”, clarificou o chairman do grupo.

Com o EBITDA (lucros antes de juro, impostos, depreciação e amortização) a crescer 11,6%, passando de 473 para 528 milhões de euros, Luís Palha salientou que “mesmo num ambiente económico desfavorável, a Jerónimo Martins mostrou que é possível crescer”.

Na apresentação dos resultados, os responsáveis da JM revelaram que o CAPEX (investimento feito ao longo do ano) atingiu os 312 milhões de euros, mantendo a Polónia como principal alvo desse investimento, tendo absorvido cerca de 58% do total, inaugurando, ao longo de 2009, 163 lojas, chegando ao final do exercício com 1.500 pontos de venda Biedronka. Já em território luso, a JM investiu na abertura de 10 novas lojas e remodelação de 22, correspondendo a cerca de 36% do total investido, canalizando a companhia 3,6% do CAPEX para a indústria.

Por área de negócio, o Pingo Doce registou um crescimento like-for-like (vendas das lojas que operam sob as mesmas condições nos dois períodos) de 2,7% face ao exercício anterior, significando, globalmente, um aumento nas receitas de 12,8% para 2,193 mil milhões de euros.

A operação cash&carry do Recheio, por sua vez, obteve um aumento das vendas LFL de 1,7% em relação ao período homólogo, traduzindo num crescimento de 5,2% na globalidade do exercício.

Já na Polónia, a operação da Biedronka mantêm a performance dos últimos trimestres, tendo aumentado as receitas, em moeda local, 29,8% (5,8% em euros), totalizando vendas de 3,724 mil milhões de euros, representando 51% da facturação global do grupo.

No que toca à expansão orgânica, a JM juntou mais 110.000 m2 de área de venda, tendo terminado o exercício de 2009 com uma área de venda total superior a 1,4 milhões m2.

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