Défice da balança comercial melhora em 715 milhões
O défice da balança comercial sofreu um desagravamento de 715,1 milhões de euros no último trimestre do ano face ao mesmo período de 2008 devido à conjugação de uma queda nas exportações de 3,6% e de uma quebra nas importações de 7,1%.
Dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam também que nos últimos três meses de 2009, a taxa de cobertura foi de 61,4%, “determinando uma melhoria de 2,3 pontos percentuais face à taxa registada no período homólogo do ano anterior”.
De assinalar que, as exportações obtiveram uma variação homóloga positiva em Dezembro último de 3,7% relativamente ao mesmo mês do ano anterior, o que acontece pela primeira vez desde Setembro de 2008, notando-se uma inversão positiva no comportamento das exportações.
No mesmo mês, as importações caíram 3,2%, o que contribuiu com cerca de 200 milhões de euros de atenuamento do défice da balança comercial. As maiores variações verificaram-se no comércio extra-comunitário.
No período de Outubro a Dezembro de 2009, as exportações diminuíram 14,3% e as importações 12,7%, percentagens que se agravam para 18,9% e 17% excluindo os combustíveis e lubrificantes.
“O saldo da balança comercial, com exclusão deste tipo de produtos, atingiu um superavit de 228 milhões de euros e a correspondente taxa de cobertura foi de 114,3%”, nota o INE.
No comércio intra-comunitário, o INE verificou nos últimos três meses de 2009 um crescimento de 0,76 por cento nas exportações e uma diminuição de 5,4 por cento nas importações.
“No que respeita aos dados mensais do comércio extra-comunitário, em Dezembro de 2009 as importações registaram uma redução de 22,6% face aos valores registados em Dezembro de 2008”, ressalva no entanto o INE.
Já as exportações registaram no mesmo período “uma diminuição de 10,8% em termos homólogos”.
De Dezembro de 2009 face a Novembro de 2009, nota o instituto, “as importações registaram um decréscimo de 28%, para o qual contribuíram produtos como os combustíveis, os bagaços e outros resíduos sólidos e o açúcar bruto para refinação”.
“As exportações registaram um decréscimo de 9,4%, para o qual contribuiu a descida nas máquinas automáticas de processamento dados”, conclui.
Os dados anuais indicam que as importações em 2009 atingiram os 49.968 milhões de euros, valor 18,3% abaixo dos 61.174 milhões verificados no ano anterior.
Nas saídas, Portugal exportou 31.053 milhões de euros em bens, menos 18,1% que os 37.949 milhões exportados em 2008.
As taxas de cobertura, analisando os dois anos, mantiveram-se praticamente iguais, nos 62%.