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Champagne com vendas mundiais acima do esperado

Por a 25 de Janeiro de 2010 as 11:54

Com a conjuntura económica a afligir diversos sectores de actividade em todo o mundo durante o ano 2009, era esperado que as vendas de Champagne registassem fortes quebras. Ao longo do ano, essas expectativas pareciam corresponder à realidade, em particular nos mercado de exportação, mas com a recessão a abrandar no final do ano, os dados finais oficiais, divulgados pelo Comité Interprofessionnel du Vin de Champagne (CIVC) não são tão catastróficos como inicialmente previsto, indicando que as vendas dos néctares provenientes de uma das regiões vitivinícolas mais conhecidas do mundo caíram 12% face 2008.

As previsões apontam para um volume de vendas entre os 285 e 290 milhões de garrafas durante o último exercício. Embora os número relativamente ao mês de Dezembro ainda não tenham sido considerados, a tendência demonstrada até ao final de Novembro é muito mais positiva do que o esperado. De acordo com o CIVC, as vendas, em 2009, “foram, virtualmente, semelhantes às de 2003”, o que segundo os responsáveis “não é assim tão mau”.

Com os números, até Novembro de 2009, a indicarem uma quebra de 12% nas vendas, o 11.º mês do ano registou, contudo, a primeira evolução positiva nas receitas do ano. Esse crescimento foi registado na União Europeia e fora do Velho Continente, indicando o CIVC que no acumulado dos 11 meses o mercado doméstico só caia 1,2% face ao ano anterior.

De facto, os dados disponibilizados pelo CIVC indicado que o mercado francês teve uma performance estável ao longo do ano, muito ao contrário de muitos mercados de exportação que, nalguns casos, registaram quebras de duplo dígito.

Itália, Japão e Holanda, por exemplo, importaram menos 40% que em 2008, enquanto o Reino Unido, Bélgica e Espanha caíram 30%, enquanto a Alemanha e Suíça mantiveram-se estáveis.

À semelhança de outros vinhos franceses, o Champagne caíu também devido às taxas de câmbio, fazendo com que os preços subissem em países como o Reino Unidos ou EUA, apesar dos esforços feitos pelos produtores em manter os níveis de preço o mais baixo possível.

Com base nestes dados, os responsáveis do CIVC admitem que as previsões para os mercados de exportação não é muito brilhante para 2010. “De acordo com as nossas informações, especialmente vindas dos EUA, o mercado para vinhos acima dos 20 dólares é inexistente, o que penaliza bastante a maioria dos nossos Champagnes”.

Daniel Lorson, porta-voz do CIVC, admite que “foram tomadas medidas para que a produção deste ano ronde as 275 milhões e garrafas, um número significativamente mais reduzido que o volume vendido em 2009. Estas medidas pretendem suavizar os inventários e permitir-nos iniciar um ano numa base mais sólida”.

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