Centros comerciais a crescer na Europa até 2011
De acordo com o European Shopping Centre Development, publicado pela consultora imobiliária global Cushman & Wakefield (C&W), em 2010 os centros comerciais na Europa irão registar o mais baixo nível […]
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Victor Jorge
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De acordo com o European Shopping Centre Development, publicado pela consultora imobiliária global Cushman & Wakefield (C&W), em 2010 os centros comerciais na Europa irão registar o mais baixo nível de actividade dos últimos cinco anos, estando projectada a abertura de apenas sete milhões de metros quadrados de novos espaços comerciais. Contudo, o impacto total da recessão global só deverá ser sentido em 2011, prevendo-se a abertura nesse ano de somente cinco milhões de metros quadrados, o número mais baixo desde 2003, de acordo com a mais recente edição do estudo.
O estudo revela ainda que em 2009 deverão abrir cerca de 8,7 milhões de metros quadrados de novos centros comerciais – uma descida de 5% relativamente a 2008. No primeiro semestre, abriram na Europa cerca de 115 novos centros comerciais, totalizando 3,1 milhões de metros quadrados, o que representa uma descida de 18% em relação a igual período do ano anterior.
O maior número de aberturas de centro comerciais registou-se na Rússia durante o primeiro semestre de 2009, com a abertura de cerca de 580 mil metros quadrados, dos quais cerca de 45% foram construídos em Moscovo. Na Europa Ocidental, a Itália registou o maior número de abertura de novos espaços, com 18 novos centros comerciais, somando 370 mil metros quadrados ao mercado. A Alemanha e Holanda registaram igualmente uma actividade significativa no primeiro semestre de 2009.
Segundo Sandra Campos, partner e directora de retalho da Cushman & Wakefield em Portugal, “a conclusão de espaços comerciais até 2011 deverá descer cerca de 45% comparando com o seu pico em 2007. Em toda a Europa, temos verificado que alguns projectos têm sido colocados em stand-by devido ao difícil ambiente económico. No entanto, o desenvolvimento de novos espaços encontra-se longe da estagnação. Tanto em mercados maduros como em mercado emergentes existe ainda potencial para novos centros comerciais.”
Já quanto a Portugal, o maior centro comercial que abriu na Europa em 2009 foi o Dolce Vita Tejo, na Amadora, com 122 mil metros quadrados, sendo o maior centro comercial do país.
A oferta total de conjuntos comerciais atingiu os cerca de 3,4 milhões de m² de Área Bruta Locável (ABL) no primeiro semestre de 2009, registando um crescimento de 6,1% face ao final do ano anterior. Foram concluídos mais de 195.000 m² de ABL, distribuídos entre seis novos projectos e uma reconversão, com o formato dos centros comerciais a representar cerca de 86% desta nova área. A região da Grande Lisboa continua a ser a zona do País com maior peso e, influenciada pela abertura do Dolce Vita Tejo, concentrou cerca de 65% da nova oferta (ver principais-projectos-previstos-para-2009-2010.xls).
Até 2012 estimam-se que sejam inaugurados mais de 1,2 milhões de m² de ABL, dos quais 73% são centros comerciais. As regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto concentram uma parte significativa das intenções dos promotores, com cerca de 43% do total da ABL prevista.
“Ao contrário do verificado no resto da Europa, 2008 estabeleceu mais um recorde no que se refere a aberturas de conjuntos comerciais em Portugal, confirmando uma evolução díspar entre a oferta e a procura. No entanto, o volume de oferta futura projectada para os próximos anos tem vindo a ser reduzido, sendo já conhecidos diversos projectos cujo início de construção tem sido adiado. A retracção da procura no mercado de retalho tem sido cada vez mais evidente, em linha com as quebras de consumo que desde meados de 2008 se têm sentido na nossa economia. Acreditamos que o ritmo de crescimento da oferta de conjuntos comerciais em Portugal se mantenha nos próximos anos em tendência decrescente, sendo pouco provável que no médio prazo se assistam a volumes de aberturas equivalentes ao registado em 2008”, conclui Sandra Campos.