O HUB DIGITAL – o mix digital do marketing

Actualmente assistimos a um fenómeno de digitalização da sociedade, que se caracteriza por uma presença cada vez mais intensa e simultaneamente integrada de equipamentos electrónicos que de uma forma ou de outra vão digitalizando o nosso dia-a-dia.

O computador foi o precursor desta revolução mas o aparecimento da web veio acelerar e definitivamente consolidar esta digitalização. Hoje em dia, desde as câmaras de vídeo que fazem upload directamente para o youtube, às máquinas digitais que actualizam o perfil do facebook, os tweets do telemóvel, as músicas do ipod, é impossível passar um segundo que seja sem estarmos ligados ao hub digital, mesmo não estando em frente ao computador. Estamos ligados ao hub a toda a hora e em qualquer lugar, com raras excepções.

Este fenómeno tem repercussões nos comportamentos das pessoas e como tal o marketing deve debruçar–se na análise e reflexão do mesmo, estudando-o na perspectiva do comportamento do consumidor.

É necessário analisar esta situação em duas vertentes.

Por um lado, com um volume de informação pública tão elevado existe um potencial de conhecimento bastante superior das preferências do consumidor. É muito mais fácil detectar e antecipar tendências de comportamento e de consumo. Por outro lado, existe um potencial gigantesco de intensificar o relacionamento com o cliente, trazendo a marca para o hub digital e dando-lhe notoriedade e espaço para brilhar e ganhar mais força junto do consumidor.

Ao marketeer importa perceber de que forma é que as marcas podem encontrar o seu espaço neste hub digital para se ligarem e comunicarem com os seus clientes. O mix do marketing tem agora uma faceta digital. É imperioso perceber de que forma é que toda esta revolução, todo este fenómeno digital, pode ser aproveitado pelas marcas para interagir com os seus fans, para intensificar o relacionamento com a marca, para proporcionar mais valor.

A descodificação deste marketing-mix digital proporcionará respostas diferentes consoante o interlocutor. Pode ser através de uma aplicação para o iphone que deixa que o cliente faça a lista de compras em casa e dentro do supermercado use o telemóvel como gps, pode ser através de um tweet a informar em primeira mão os seguidores da marca sobre quando estará à venda a edição limitada de um produto ou ainda através de um podcast onde é apresentado e discutido um novo produto da marca. O espaço de manobra é amplo e bastante inexplorado. Cabe ao marketeer que quer ter uma marca líder ser o explorador destas novas tendências.

Pedro Fernandes, Marketing Officer, EDIGMA.COM