Outras Opiniões

Conselhos contra quebra desconhecida na cadeia de abastecimento

Por a 14 de Novembro de 2008 as 9:30

gateway

por Carlos Truta,

A logística é uma área muito delicada, na medida em que existem muitos intervenientes ao longo da cadeia de abastecimento, desde o ponto de fabrico até que os artigos cheguem ao estabelecimento comercial. E inclusive já em loja, o retalhista tem de fazer a gestão do stock em armazém e de colocação no linear, gerindo o staff que por vezes pode até ser externo (subcontratação). Com tantos actores envolvidos, existe também muito material que se extravia neste “filme”.

A quebra desconhecida é um flagelo que interfere em qualquer sector de mercado, perturbando a gestão da cadeia de abastecimento, causando complicações a todos os níveis e afectando os resultados operacionais das empresas. Hoje em dia, a quebra pode ocorrer em qualquer ponto da cadeia de abastecimento, desde a fábrica até à loja, passando pelos grossistas e pelas empresas transportadoras, até ao próprio staff da loja.

Felizmente existe cada vez mais uma real consciência generalizada de que na cadeia de abastecimento tem de existir uma maior segurança em cada ponto, na medida em que os produtos passam por muita gente até chegarem ao cliente final: o consumidor.

Existem naturalmente, também a considerar, os erros de processo, pois apesar do controlo informático, a gestão é feita por pessoas e errar é humano. Mas roubar também…e é contra este flagelo que as entidades envolvidas no processo têm de se precaver e aconselhar, e é aqui que a Gateway entra.

Apesar do nosso core business se centrar nas quebras na zona de retalho, temos plena consciência que para implementar um plano de prevenção de quebras de sucesso, temos de estudar toda a cadeia de abastecimento, ou seja, tudo o que se passa até que o artigo chegue ao linear. Para o filme ter um final feliz, temos de saber o guião de cor.

Assim, acreditamos que a resposta ao factor “quebra desconhecida” na cadeia de abastecimento passa por se conseguir reunir um conjunto de soluções, implementando-as estrategicamente em cada ponto da cadeia, desde a fabricante ao retalhista. Sistemas de vídeo vigilância (CCTV) podem ser instalados nos armazéns e nas zonas de cargas e descargas dos veículos de transporte, para um controlo visual das entradas e saídas de material, embora claro… haverá sempre a possibilidade do furto partir de quem controla estes sistemas.

Um outro conceito a que temos assistido o mercado a adoptar progressivamente é o da aposta das empresas em soluções de RFID, já que permite praticamente fazer um tracking do produto desde o seu desenvolvimento até chegar à loja, transmitindo inúmeras informações, entre elas de onde veio e para onde vai. Mas todo este processo, além de ser evolutivo e de requerer uma crescente consciencialização do retalho, envolve investimentos muito grandes e, por si só, não representa a solução ideal. Para já os primeiros passos do RFID estão exactamente a acontecer na cadeia de abastecimento, com a etiquetagem de paletes ou caixas e não tanto ainda no produto individual em loja.

Outra solução que visa salvaguardar a protecção dos artigos ainda no ponto de fabrico são os projectos de etiquetagem na origem, ou seja, a introdução de etiquetas de segurança durante o processo de fabrico ou embalamento dos artigos. Este é já considerado um processo de início de gestão de controlo, mas cujo impacto se reflecte já apenas directamente na loja ao lutar contra os furtos, tanto internos (staff) como externos (clientes).

Verdade seja dita, uma grande parte da solução passará pela implementação de um plano de luta contra a quebra à medida de cada estrutura, envolvendo sistemas de controlo dos bens, mas principalmente pela formação dos colaboradores das entidades envolvidas neste processo, sendo esta a origem de tudo. A ideia aqui será consciencializar os empregados de que o furto poderá afectar a continuidade das suas empresas no mercado e, portanto, também dos seus postos de trabalho.

Por exemplo, uma empresa de transportes, que sofre muito furto interno, verá a sua relação com os clientes afectada, pondo em causa a continuidade das parcerias e consequentemente do sucesso das empresas e da empregabilidade dos funcionários.

No final, não se tratará de um somatório de soluções, mas de criar a sinergia mais capaz de influenciar positivamente toda a cadeia de abastecimento, tomando sempre em conta as reais necessidades de cada actor neste processo evolutivo. É com base neste paradigma que a Gateway cria os seus planos de prevenção de quebras à medida, tendo sempre em conta as necessidades de cada parceiro, personalizando o respectivo plano à sua imagem.

Director-geral da Gateway

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