Bebidas

A Água e a Saúde em primeiro lugar

Por a 17 de Junho de 2008 as 17:30

água

A categoria de “águas” (com gás ou sem gás), tem sido, nos últimos anos, uma das mais dinâmicas do mercado português, com o aparecimento de águas com sabores e características funcionais.

Esta foi a resposta que os produtores de água encontraram para fazer face à crescente preocupação que os consumidores têm com a sua saúde. Se a ingestão diária de água faz bem, porque não aliar a isso outras características que ajudam a melhorar o funcionamento do organismo?

Neste artigo vamos estudar o consumo de água engarrafada realizado apenas nos Lares. Assim, neste segmento de mercado, a água engarrafada representou em volume, no ano móvel P03 08 (ano móvel a terminar em Março), 60,9% do mercado das bebidas sem álcool e a sua penetração atingiu quase os 90%, de acordo com o painel de lares da TNS Worldpanel. No mesmo período, a “água com gás” teve uma penetração de 50%, enquanto a “água sem gás” teve uma penetração de 82,2%. Apesar de cerca de metade dos lares portugueses terem comprado, pelo menos uma vez “água com gás”, a sua quota de mercado, em volume, é ainda baixa, face à “água sem gás”, ou seja, apenas 4,7%. No reverso, a água sem gás apresentou uma quota de mercado, em volume, de 95,3%.

No que diz respeito à “água sem gás e sem sabor”, assistiu-se, neste ano móvel P03 08 a uma mudança, em termos de quotas de mercado, em volume, entre fabricantes e MDD’s (Marcas da Distribuição). Com efeito, enquanto no ano móvel P03 07 fabricantes e MDD’s repartiam entre si o mercado (50% para cada lado), no ano móvel P03 08, as Marcas da Distribuição passaram a liderar a categoria, com 56,5%. Na “água com gás e sem sabor”, no mesmo período, a situação foi completamente diferente. As Marcas de Fabricantes aumentaram a sua quota de mercado em volume em 4,4 pp, passando para 82,3%.

Apesar dos múltiplos lançamentos de “água com sabores”, a “água sem sabores” continua a dominar o mercado. Com efeito, a “água com sabores” aumentou em quase 1 pp (ponto percentual), em volume a sua quota de mercado. Os sabores favoritos dos lares portugueses são os multisabores, com 42,5% de quota de mercado, em volume, seguido do sabor a limão, com 39,6%. De destacar que o sabor limão (pioneiro nas águas com sabores) perdeu quase 11 pp de quota de mercado e, consequentemente, perdeu a liderança no mercado de sabores para a “água multisabores”, comparando o ano móvel P03 07 e o ano móvel P03 08, podendo isto significar que o aparecimento algo frequente de novos sabores está a prejudicar o sabor limão. Isto significa que o consumidor português está aberto a novos sabores e este pode ser um sinal de que os fabricantes devem continuar a apostar na inovação.

No ano móvel de P03 08, o Continente foi a insígnia que teve mais peso, em volume, não só para a categoria de água engarrafada, como para todos os seus segmentos. Para “água com gás com sabores” representou 25,8% do volume, para “água com gás sem sabores” teve um peso de praticamente 20%, para “água sem gás com sabores” teve 25,2% de quota e por fim, para “água sem gás e sem sabor” teve 12,6% de quota. No caso da “água sem gás com sabores”, esta insígnia é seguida de muito perto pelo Minipreço/Dia, com 11,1% de quota de mercado e pelo Intermarché, com um peso de 9,7%. Nos restantes segmentos, as diferenças do Continente para as restantes insígnias são maiores. Assim, em “água com gás com sabores”, o Lidl e o Intermarché seguem o Continente, ambos com uma quota de 14,4%. “água com gás sem sabores”, o segundo lugar está atribuído ao Lidl, com praticamente 16% de peso. “água sem gás e sem sabor”, o Modelo tem 16,1% de peso.

Em relação aos perfil de compradores, tendo em conta o estudo “TNS Life Cycles” 2007″ os “adultos independentes e adultos casados sem filhos”, são os que mais compram água engarrafada e também os que mais compram os vários segmentos (água sem gás sem sabores, água sem gás com sabores, água com gás com sabores e água com gás com sabores). Apenas no caso da “água com gás com sabores”, os “adultos com filhos médios e crescidos” compram quase tanto como os “adultos independentes e adultos casados sem filhos”.

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