Veículos

Recuperação pesada em marcha

Por a 30 de Maio de 2008 as 10:30

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Depois de anos difíceis, o mercado dos veículos comerciais recuperou no final de 2007, colocando, tanto comerciais ligeiros como pesados de mercadorias, as vendas em campo positivo. 2008, apesar de ainda estar no início não se avizinha, contudo, um ano fácil.

Apontada por muitos como a principal razão para a quebra registada no sector automóvel, a situação económica vivida em Portugal durante os últimos anos influenciou as vendas de veículos comerciais.

Os dados da ACAP, relativamente ao ano 2007 (ver quadro), demonstram que há muito não se vivia uma realidade como esta. Depois de tempos em que a falta de confiança económica fez abrandar o ritmo de aquisição de novos veículos e renovação de outros, “os sinais positivos da economia entretanto registados aumentaram os níveis de confiança das empresas que investiram nas suas frotas”, admite Rui Alexandre, responsável pelo Marketing e Produto da Iveco.

Certo é que, no caso dos veículos comerciais ligeiros, as vendas aumentaram 6,1%, enquanto os pesados de mercadorias cresceram 4,4% no final do exercício de 2007.

Na opinião de António Legas, responsável comercial da área de camiões da MAN, a nova legislação veio ajudar o mercado, “uma vez que não possibilita licenciamento de veículos por parte dos transportadores, se estes tiverem na sua frota uma média de idade superior a 10 anos”, levando a que muitas empresas tivessem e tenham de renovar a sua frota.

Mas se o ano 2007 termina com ambos os segmentos em alta, o actual exercício não se avizinha fácil, verificando, no caso dos pesados de mercadorias, uma contínua evolução, enquanto os comerciais ligeiros registam uma quebra assinalável no primeiro quadrimestre de 2008. Por isso mesmo, alguns construtores admitem que, embora a tendência para 2008 se mantenha, nunca chegará à performance conseguida no início de 2007. Elsa Marques, da Renault Portugal, admite que a boa performance dos comerciais ligeiros se deveu “às duas reformas fiscais que aconteceram, influenciando, invariavelmente, o comportamento do mercado”. Contudo, “a evolução positiva, que não parece, infelizmente, estrutural, está sobretudo ligadas a estas reformas, sendo que tal é particularmente evidente nalguns sectores, como, por exemplo, nos derivados de passageiros”.

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