Segurança Alimentar

Certificação de Produto Alimentar – Leite

Por a 18 de Abril de 2008 as 17:00

raquel silva

Portugal, bem como outros países do mundo, depara-se actualmente com uma crescente invasão de produtos oriundos das mais diversas origens que, apesar de concorrentes, são muitas vezes produtos de baixa qualidade, produzidos em péssimas condições de higiene e segurança alimentar. Mas, apesar dos esforços que têm vindo a ser efectuados pelas autoridades competentes a nível de controlo e fiscalização, o problema ainda permanece.

Assim, têm sido desenvolvidos por iniciativa privada de Organismos de Certificação em parceria com os próprios produtores, Especificações Técnicas para a Certificação de Produto Leite, de forma a garantir, com o máximo rigor e objectividade, os mais altos níveis de qualidade e segurança na produção.

Aprovadas por uma Comissão Técnica independente, com representantes dos consumidores, dos produtores, de peritos técnicos (das áreas de embalagens, ensaios e do próprio produto) e de Organismos de Certificação, os referenciais destinam-se a certificar “Leites de Consumo”, descrevendo as várias características do produto, bem como os parâmetros a analisar, os métodos de ensaios e os limites de aceitação.

Por forma a poder avaliar a conformidade dos produtos certificados, os Organismos de Certificação utilizam um Sistema, que inclui recolha de amostras (no local de produção e/ou no comércio), análises aos produtos (critérios físico-químicos e microbiológicos iguais ou mais exigentes que a simples legislação; a pesticidas e contaminantes) e auditoria ao Sistema de Gestão da Qualidade e da Segurança Alimentar.

Perante a conformidade dos produtos, é concedida a Marca de Produto Certificado, permitindo ao produtor colocá-la sobre o produto final. Evidência única, para o Consumidor, da qualidade e segurança do produto em causa.

Existem já exemplos de Leites certificados em Portugal, que são conhecidos de todos nós. Marcas líderes que decidem diferenciar-se pela excelência, e que não hesitam em defender esta Certificação como a melhor forma de assegurar os seus clientes/consumidores.

A Lactogal optou por certificar as variantes de um dos mais conhecidos leites seleccionados em Portugal: o Leite Matinal (Magro e Meio Gordo). De acordo com Donzília Cantarinho, directora de Qualidade, Ambiente e Segurança da Lactogal, «a certificação de produto permite às empresas demonstrar de forma independente e imparcial que o produto é seguro do ponto de vista da segurança alimentar e em conformidade com as exigência técnicas e regulamentares que lhe são aplicáveis. Um Sistema de Gestão da Qualidade de suporte à Certificação permite, também, motivar as pessoas que com ele partilham a melhoria continuada. Assim, um produto certificado proporciona uma melhoria na imagem do produto e na confiança consumidores».

Outro reconhecidíssimo produtor – a Parmalat – optou por certificar até agora três produtos: leite seleccionado e enriquecido com cálcio São Lourenço (variantes Magro e Meio Gordo), e o leite com chocolate UCAL. Paula Santos, directora do Departamento de Qualidade da Parmalat Portugal, já tem evidências que «um produto certificado permite um reconhecimento do seu nível de Qualidade, assegura a sua conformidade não só com a legislação como com a especificação técnica que lhe é aplicável, garantindo ainda a conformidade e adequabilidade do processo de fabrico. A certificação de um produto confere-lhe prestígio, notoriedade e uma maior confiança, permitindo diferenciar-se dos produtos concorrentes. O produto certificado surge com maior grau de valorização para os consumidores cada vez mais atentos e informados, sendo motivo de selecção face à diversidade do mercado».

A próxima vez que se perguntar “que produto devo escolher?”… Que tal o Certificado?

Raquel Silva, Gestora de Produto, SGS ICS – Serviços Internacionais de Certificação

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