FMCG

Nuno Guedes Vaz Pires, Director da Essência do Vinho

«A desmistificação do mundo do vinho e da gastronomia» O Palácio da Bolsa, no Porto, vai ser durante quatro dias a capital do vinho e do gourmet. A realização da […]

Victor Jorge
FMCG

Nuno Guedes Vaz Pires, Director da Essência do Vinho

«A desmistificação do mundo do vinho e da gastronomia» O Palácio da Bolsa, no Porto, vai ser durante quatro dias a capital do vinho e do gourmet. A realização da […]

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada
Bebidas
José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”
Alimentar
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow
Alimentar
Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus
Retalho
Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras
Alimentar
Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento
ESG
CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA
Exportação
Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão
Bebidas
ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo
Alimentar
Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa
Alimentar
PUB

essencia

«A desmistificação do mundo do vinho e da gastronomia»

PUB

O Palácio da Bolsa, no Porto, vai ser durante quatro dias a capital do vinho e do gourmet. A realização da 5.ª edição da Essência do Vinho, a par da Essência do Gourmet, dão, conforme revelou Nuno Guedes Vaz Pires, director da Essência do Vinho, em entrevista ao Hipersuper, «a possibilidade de conhecer alguns dos melhores vinhos do mundo», além de permitir interagir com produtores, enólogos, e degustar produtos gourmet.

Se dúvidas existissem relativamente ao sucesso da Essência do Vinho, os números dissipam-nas: dos 6.000 visitantes de 2004, o evento evoluiu para 10.000 em 2005, 12.000 em 2006, e 16.500 em 2007. O objectivo passa por aumentar a notoriedade dos dois eventos e reforçar o posicionamento de ambos, isto é, «conseguir afirmar a Essência do Vinho e Essência do Gourmet como a principal experiência do vinho e do gourmet em Portugal», admite Nuno Guedes Vaz Pires.

Hipersuper (H): Que balanço faz do evento Essência do Vinho, prestes a dar início à 5.ª edição?
Nuno Guedes Vaz Pires (NGVP):
Estamos muito contentes com os resultados das edições anteriores da Essência do Vinho. É o evento âncora da empresa. A empresa e o evento partilham o mesmo nome porque foi a partir deste projecto que a empresa surgiu e evoluiu a par com ele.

A adesão do público ao evento foi muito positiva e visível desde a primeira edição. Os números são demonstrativos. Os 6.000 visitantes que recebemos em 2004 evoluíram para 10.000 em 2005, 12.000 em 2006, e 16.500 em 2007. É interessante verificar que contamos com um grande número de pessoas que acompanham os nossos eventos. Vêm de vários pontos do País e muitos também de fora, principalmente da Europa. O número de dias do evento também aumentou para corresponder a crescente participação de público. A Essência do Vinho começou por ser realizada durante 3 dias, um fim-de-semana prolongado, este ano serão quatro dias, de 6 a 9 de Março, isto é de Quinta-feira a Domingo.

H: Quais são as principais características da Essência do Vinho?
NGVP:
Quisemos marcar a diferença pela qualidade. Desmistificar o mundo do vinho e abrir o sector ao grande público, posicionar o vinho e a gastronomia e dar-lhe uma nova abordagem, educar o consumidor e envolvê-lo, convidando-o a participar em várias actividades. Ao mesmo tempo gerar orgulho nacional num produto que deverá ser uma das ancoras do nosso País. Investimos ainda na imagem e comunicação, sempre cuidada e muito bem pensada, para que possa chegar ao nosso público-alvo.

H: Qual o investimento efectuado pela organização do evento?
NGVP:
Este ano vamos investir cerca de 500 mil euros na organização dos dois eventos: Essência do Vinho e Essência do Gourmet. Neste montante está incluído o investimento publicitário e comunicação.

H: Sendo Portugal o 10.º maior produtor de vinho do mundo, o País não possui uma grande feira de vinhos. A Essência do Vinho pretende preencher essa lacuna?
NGVP:
A Essência do Vinho surgiu precisamente porque sentimos que existia essa lacuna. Consideramos que, na altura, não existia um evento de promoção do vinho para o consumidor final. Existe um público emergente, que procura saber mais sobre vinhos e gastronomia. Só para dar um exemplo, nas nossas acções e projectos desenvolvidos ao longo do ano de 2007, entrámos em contacto com quase 180.000 pessoas.

A Essência do Vinho no Porto foi sempre por nós encarada como um evento que deveria ser conhecido fora de portas. Desde o ínicio que trazemos lideres de opinião e compradores estrangeiros. Mais uma vez, o posicionamento, a imagem, as actividades organizadas, são claramente diferenciadoras. O nosso objectivo é mostrar um Portugal novo e dinâmico, com capacidade de organização de eventos ao nível dos melhores que se organizam pela Europa.

H: Encontrando-se os produtores nacionais mais virados para o mercado da exportação, que importância têm os eventos ligados ao vinho em Portugal?
NGVP:
Os eventos aumentam a abertura do sector e a sua sensibilidade para o que é feito nos mercados externos. Os produtores nacionais têm necessidade de potenciar a sua presença no exterior, no entanto, não podem descurar o contacto com o consumidor, acompanhar o que é produzido a nível nacional e reforçar o seu posicionamento. No fundo, perceber o que os consumidores portugueses andam à procura.

H: Como caracteriza o consumidor de vinho português? Trata-se de um consumidor cada vez mais evoluído, com mais conhecimento sobre vinho?
NGVP:
O consumidor português está cada vez mais atento, curioso e interessado. Procura saber mais sobre o universo do vinho. Reflexo disso é o número crescente de visitantes que passam pelas nossas acções todos os anos. Mas é necessário fazer mais, é necessário um maior investimento na promoção/educação do consumidor. É necessário chegar a um público mais jovem. Vejamos o exemplo das cervejas.

H: Essa evolução reflecte-se no facto de, em Portugal, se estar a consumir menos, mas melhor vinho?
NGVP:
Penso que sim. Nos últimos anos temos assistido a uma evolução muito grande, quer dos consumidores que estão cada vez mais exigentes quer dos produtores que possuem vinhos cada vez mais surpreendentes. Os eventos de divulgação do vinho e a realização de degustações são um apoio muito importante para atrair mais consumidores. Conseguem cativar não só quem já consome e compra habitualmente vinho, como apresentam a possibilidade de descobrir as novidades que vão sendo lançadas no mercado. Estas acções são muito importantes para a educação do consumidor. Mas os produtores devem saber quais as acções em que deverão estar presentes, devem ter uma estratégia, um plano anual. Saber quais as acções mais indicadas para promover/vender os seus vinhos, perceber quais os eventos que conseguem atrair os consumidores alvo. Caso contrário estarão a desperdiçar tempo e dinheiro.

H: Em que medida poderá o mercado português de vinho evoluir no futuro, sabendo-se da cada vez maior concorrência dos produtores provenientes do Novo Mundo?
NGVP:
Portugal ainda não definiu uma estratégia própria no contexto internacional. Mas para além da qualidade que os especialistas aplaudem e premeiam, na luta por seduzir os consumidores com uma imagem diferenciada, há mais sombra do que luz. Se os rótulos dos vinhos australianos sobressaem pelas suas paisagens exóticas, os sul-africanos pelas imagens da sua fauna, os norte-americanos pelo esplendor das suas tipografias e pelo tratamento das cores, nós, os portugueses, não conseguimos destacar-nos com nenhuma característica em particular. Há, sim, excelentes desenvolvimentos de imagens correspondentes a iniciativas individuais de produtores com maior criatividade, mas nada que se pareça, contudo, a uma espécie de identidade nacional.

Os nossos produtores devem saber claramente que sem imagem, sem cuidado com o desenho dos rótulos, e sem cautelas na escolha das garrafas e do nome adequado da marca do vinho não conseguirão aceder ao mercado global. Será aqui e agora que deverão colocar todos os seus esforços. E, claro está, sem esquecer nunca a qualidade dos seus vinhos… que para conquistar e fidelizar os consumidores, depois de aberta a garrafa passa a ser fundamental o que ela contém.

H: Do programa da 5.º edição da Essência do Vinhos constam várias actividades paralelas. É importante associar o vinho, por exemplo à gastronomia, arte e conceito gourmet?
NGVP:
Em 2007, lançamos o evento Essência do Gourmet, no Mercado Ferreira Borges, em simultâneo com a Essência do Vinho, no Palácio da Bolsa. Consideramos que o vinho é potenciado pela gastronomia e aqui também existe ainda muito por fazer em Portugal. Não só na sensibilização/formação dos profissionais da restauração e hotelaria, mas também na divulgação dos nossos produtos alimentares de qualidade e na educação para uma alimentação mais saudável.

A junção dos dois eventos apresentou-se um sucesso no ano passado. O público tem uma grande curiosidade pelo trabalho dos chefs de cozinha e já acompanha o trabalho dos nossos principais chefs. A área gourmet tem conquistado a preferência dos consumidores. Basta pensarmos no número de lojas Gourmet que abriram nos últimos anos.

H: Quantos produtores vão estar presentes no evento?
NGVP:
Mais de 300 produtores nacionais e estrangeiros vão apresentar não só os seus melhores vinhos como as sua mais recentes novidades. Alguns aproveitam mesmo para lançar novas marcas e colheitas no mercado. Convidamos o visitante a aumentar o seu conhecimento sobre os vinhos nacionais e a descobrirem alguns dos melhores vinhos internacionais. França, Austrália, Espanha, Nova Zelândia, África do Sul, USA, Austrália, Hungria, Chile, Argentina são o exemplo de alguns países que vão marcar presença no Essência do Vinho 2008.

H: Quais as expectativas para a 5.ª edição da Essência do Vinho?
NGVP:
Oferecer um programa cada vez mais interessante e apelativo para desmistificar o mundo do vinho e da gastronomia. Estão previstas mais de 100 actividades paralelas, desde provas comentadas, a demonstrações ao vivo com chefs de renome, a cursos de culinária, a jantares vínicos em restaurantes do grande Porto, etc.. Conseguir aumentar a notoriedade dos dois eventos e reforçar o posicionamento de ambos, isto é conseguir afirmar a Essência do Vinho e Essência do Gourmet como a principal experiência do vinho e do gourmet em Portugal, para que possa atrair cada vez mais visitantes estrangeiros, é o nosso grande objectivo.

Algumas experiências “essenciais”

Essência do Vinho

  • Wine Experts
  • Provas Comentadas
  • Conversas sobre o Vinho
  • Conheça o enólogo
  • Prazeres
  • Área dos vencedores
  • Wine Games
  • Vinoterapia
  • Gourmets à solta
  • Wine Lifestyle
  • Wine & Dine
  • Wine show
  • Wine party
  • Wine workshop
  • Rota do Vinho a Copo
  • Prémios 2008
  • Prova Top 10
  • Exposições
  • Música

 

Essência do Gourmet

  • Show Cooking
  • Experiências gourmet
  • Curso restauração
  • Harmonizações
  • Arena Gourmet
  • Biblioteca Gourmet
  • Music Lounge
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Artigos relacionados
Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada
Bebidas
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”
Alimentar
Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow
Alimentar
Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus
Retalho
Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras
Alimentar
Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento
ESG
CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA
Exportação
Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão
Bebidas
ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo
Alimentar
Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa
Alimentar
Foto : Pedro Melim
Bebidas

Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
Alimentar

José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Alimentar

Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

Hipersuper

Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

Hipersuper

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

Hipersuper
A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

Hipersuper

Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

Hipersuper

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

Hipersuper

A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

Hipersuper
tagsADIPA

O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Campos da Vitacress
Alimentar

Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa.

Hipersuper

A Simbiose, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos microbiológicos para a agricultura, prepara-se para lançar no mercado europeu uma tecnologia de solubilização biológica de fósforo. Comercializado pela Simbiose no Brasil desde 2019, o produto foi desenvolvido com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e “deve chegar a mais de 20 países através da colaboração com a Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola”, informam os dois parceiros.

Numa nota conjunta, referem que o bioproduto é capaz de aumentar a produtividade e a resiliência das culturas. “A solução quebrou paradigmas entre os produtores rurais do Brasil ao tornar-se o primeiro produto biológico de fósforo, baseado em micro-organismos solubilizadores de fosfato. Foi desenvolvido após mais de 20 anos de pesquisa realizada pela Embrapa Milho e Sorgo, sob a liderança da investigadora Christiane Paiva”, indicam.

A participação da Simbiose nos estudos da Embrapa começou no momento da validação dos testes com inoculantes e micro-organismos na cultura, a chamada fase de campo. Citada na nota, Christiane Paiva explica que a tecnologia do solubilizador biológico de fósforo atua desde o início do cultivo, quando bactérias aplicadas nas sementes ou no solo iniciam o processo de colonização que facilita a libertação do fósforo para as plantas, permitindo assim que as raízes absorvam mais nutrientes e aumentem a produtividade.

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa. “Estamos continuamente à procura de inovações que possam ajudar os agricultores a adaptarem-se aos desafios ambientais e de produtividade”, afirma Frederic Beudot, vice-presidente de Produtos Biológicos da Corteva Agriscience. “A combinação da qualidade do portfólio da Simbiose com as nossas capacidades de I&D e de agronomia local vai aproximar-nos mais deste objetivo”, acrescenta.
Na Europa, o produto será rebatizado com um novo nome, que será determinado pela Corteva.

“Com muitos estudos e avanços tecnológicos, a Simbiose estabeleceu-se no Brasil como uma empresa inovadora, sinónimo de qualidade e parceira dos produtores”, diz por sua vez Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “Em parceria com a Corteva, vamos abrir o mercado europeu à Simbiose, exportando um dos seus produtos mais inovadores e disruptivos. Esta colaboração tem tudo para responder a um mercado exigente, que procura cada vez mais a produtividade, com soluções sustentáveis e tecnologia de alta qualidade”, define.
A Simbiose e a Corteva esperam que o produto esteja disponível já em 2026, enquanto se aguarda a aprovação regulatória e a conclusão do processo de rebranding da marca no mercado local.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Hipersuper. Todos os direitos reservados.