Distribuição

Carlos Alberto Martins, Director-Geral da Manuel Nunes & Fernandes

«Estamos de olhos postos nas lojas gourmet» O futuro das pequenas mercearias tradicionais pode passar pela reconversão em apetitosas e modernas lojas gourmet. É a cereja no topo do bolo […]

Rita Gonçalves
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Carlos Alberto Martins, Director-Geral da Manuel Nunes & Fernandes

«Estamos de olhos postos nas lojas gourmet» O futuro das pequenas mercearias tradicionais pode passar pela reconversão em apetitosas e modernas lojas gourmet. É a cereja no topo do bolo […]

Rita Gonçalves
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«Estamos de olhos postos nas lojas gourmet»

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O futuro das pequenas mercearias tradicionais pode passar pela reconversão em apetitosas e modernas lojas gourmet. É a cereja no topo do bolo para a Manuel Nunes e Fernandes. Carlos Martins, director-geral, põe a nu a estratégia da empresa para vencer a crise que se instalou no sector grossista.

A empresa lançou uma ofensiva ao retalho para fazer face à queda que o sector grossista enfrenta há oito anos. A meta é abrir 15 unidades Supersol em quatro anos. Na cruzada internacional, o alvo é Moçambique embora o responsável não ponha de parte a entrada no mercado angolano.

Hipersuper (H): O formato cash&carry está em queda desde 2000.
Carlos Alberto Martins (CAM):
É verdade. Actualmente, não existem empresas agregadas exclusivamente às operações de cash&carry. Na filosofia do canal, o cliente deslocar-se-ia à loja, carregaria, pagaria e transportaria a mercadoria. As actuais empresas do sector são híbridas e acabam por prestar um outro serviço ao cliente: a distribuição. Fazem o picking, a entrega, e a cobrança da mercadoria na casa do cliente.

Há duas vertentes. A mais tradicional continua em queda, mas existem empresas com alguma pujança que continuam a fazer crescer o negócio tendo por base outras alternativas.

Há ainda projectos de apoio e suporte ao pequeno comércio que permitem às empresas manter o nível de crescimento.

H: O que tem contribuído para a quebra?
CAM:
O público-alvo das empresas é o retalho tradicional, que naturalmente foi desaparecendo. Quando há 30 anos iniciei a minha carreira existiam 47 mil pequenos retalhistas. Actualmente, há pouco mais de 12 mil. Esta mortalidade do comércio tradicional levou ao enfraquecimento das empresas de cash&carry. A maior parte delas ainda não encontrou soluções alternativas ou o caminho certo. Outras começaram a apontar baterias ao canal Horeca, como é o caso do nosso principal concorrente, buscando aí as suas fontes de crescimento. O retalho tradicional, esse, tem caído desde meados da década de 90.

H: A Manuel Nunes e Fernandes foca a estratégia no retalho tradicional?
CAM:
Há 11 anos, a empresa decidiu reforçar a actividade no retalho tradicional, independente e de proximidade. É sobre esta visão que nasce o projecto de Gestão Integrada (GI). Decidimos manter a nossa base tradicional, apoiando o pequeno comércio, levando à modernização da sua imagem, dos seus serviços, do parque informático, do sortido, da comunicação. Uma boa parte destas empresas não só sobreviveu, como se afirmou e cresceu de forma significativa ao longo destes 11 anos.

Por outro lado, temos um segundo braço, lançado há quatro anos, o desenvolvimento de uma nova marca de retalho, a Supersol. Um projecto de franchising e lojas próprias. Ou seja, as lojas ocupam entre 800 e 1.500 metros quadrados e são exploradas em regime de franchising ou por nós próprios.

No último ano, a actividade cash&carry perdeu quase 4% da facturação, perda que compensámos com o crescimento na área do retalho, onde crescemos acima dos 10%, e também com a actividade da subsidiária da empresa em Moçambique.

H: A que se deve a queda de facturação?
CAM:
O desaparecimento de mais empresas de retalho tradicional, particularmente nas grandes regiões urbanas de Lisboa e Sul do Tejo, onde temos uma base forte. No ano passado, o aumento da área de venda em metros quadrados das lojas discount e de supermercados de proximidade, contribuíram para o desaparecimento de alguns dos nossos clientes.

As nossas percas estão identificadas: forte expansão do canal discount e dos supermercados. Unidades de pequena dimensão, abertas ao Domingo, que implicaram uma enorme pressão competitiva e perca de vendas de uma parte significativa dos nossos clientes.

Abrir ao público
H: Há várias vozes no mercado a defenderem a abertura do conceito ao consumidor final, como acontece já em alguns países. Identifica-se com esta tendência?
CAM:
Um dos dois nossos principais concorrentes, a Makro, na prática, já tem um processo híbrido e próximo desse conceito, com a abertura das lojas às profissões liberais e aos grandes consumidores. Nós só trabalhamos com e para profissionais. A Makro tem um espectro de consumo mais alargado.

Uma unidade grossista tem, por norma, cerca de 2.000 clientes. Uma unidade deste nosso concorrente pode ter até 10.000.

Conhecemos os vários modelos adoptados por esse mundo fora, como o clube de compras para as grandes famílias da Wal-Mart. O modelo é interessante mas do lado da Manuel Nunes ainda não é chegada a hora de adoptar uma solução dessa natureza.

H: Porquê?
CAM:
Porque continuamos a acreditar que o nosso modelo é o correcto e estamos empenhados em servir de forma eficaz o comércio de proximidade. Era baralhar um pouco as cartas e perder o foco no nosso core business. Mas não descartamos essa hipótese se se mantiverem todo um conjunto de dificuldades ao longo dos anos. Era uma solução possível de aproveitar as unidades existentes, bem localizadas na sua maioria, transformando-as em unidade abertas ao público sob determinadas regras.

Esta convivência entre profissionais e consumidor final não é pacifica. É difícil misturar água e azeite. O ganho de alguns consumidores será sempre acompanhado pela perca de alguns profissionais que deixam de acreditar no projecto.

H: E, no entanto, há muitos profissionais que fazem as compras nas cadeias retalhistas?
CAM:
Muitíssimos. Basta visitar os hipermercados na recta final da noite para encontrar alguns dos nossos clientes. Em particular, profissionais do canal Horeca que aproveitam a proximidade, as actividades promocionais dos hipermercados para adquirirem uma parte das compras. Faz parte das regras do mercado, sabemos que existe e não gostamos, claro. As grandes superfícies, em particular os hipermercados, encontraram essa forma de compensar perdas de competitividade e procuram aproximar-se do canal Horeca e até de alguns clientes de retalho tradicional que, pela dimensão e possibilidade de comprar de forma fraccionada, compram nestes estabelecimentos. Nós estamos cá para contrariar essa tendência.

H: Que desafios enfrenta o sector grossista?
CAM:
Existem alguns caminhos possíveis para a actividade cash&carry: a manutenção da filosofia tradicional tal como nós a praticamos; a possibilidade de evoluir para um prestador de serviços o mais completo possível junto do canal Horeca; e ainda a mutação para um formato diferenciado e de prestação de serviços a grandes famílias ou clubes de compras.

Vemos a nossa empresa englobada no caminho que temos vindo a trilhar e pretendemos manter: de prestadores de serviço ao comércio de proximidade e a um conjunto de comércios emergentes, retalho especializado, dos quais são exemplo lojas gourmet, charcutarias especializadas, lojas de lacticínios. Ou seja, temos de continuar a adaptarmo-nos, quer do ponto de vista das infra-estruturas quer do planeamento estratégico e operacional, no sentido de capturar parte destes clientes. Pequenas mercearias podem vir a transformar-se em lojas gourmet. É com esses que pretendemos estar nos próximos anos.

H: A internacionalização não é um desafio?
CAM:
É um desafio e temos aí claramente uma perna. A Manuel Nunes estendeu a actividade a Moçambique há oito anos. Detém duas unidades cash&carry em Maputo. Recentemente, comprámos quase a totalidade do capital da empresa. A Mega cash&carry emprega hoje mais de 80 colaboradores e factura quase 10 milhões de euros. Têm vindo a crescer a duplo digito e estimamos que este ano cresça 80%, atendendo à reestruturação das unidades, nomeadamente a inclusão do frio.

É nossa intenção avançar para o Norte do País, como novas unidades inseridas nos projectos de gestão integrada.

Moçambique constitui uma oportunidade fortíssima de crescimento para os próximos anos. Uma parte dos produtos lá comercializados são oriundos de Portugal e são despachados pela Manuel Nunes. A criação deste projecto de reestruturação permite olhar Angola como uma oportunidade para replicar esta actividade.

H: Mas exportam para outros mercados.
CAM:
Sim. Exportamos marcas portuguesas para quase toda a África de expressão portuguesa e a maioria dos países europeus.

H: Como nasceu a relação da Manuel Nunes com Moçambique?
CAM:
Os dois sócios maioritários, Manuel Nunes e Fernandes, viveram cerca 30 anos em Moçambique. O sr. Manuel Nunes desenvolveu diversas actividades, desde a produção até ao sector retalhista e grossista.

H: Em que período?
CAM:
Desde 1950 até 77, quando as actividades foram transferidas para cá, embora a Manuel Nunes tenha vindo para Portugal antes de 25 de Abril de 74.

H: Adquiriram a quase totalidade do capital da empresa em Moçambique?
CAM:
O nosso sócio moçambicano detinha cerca de 30% do capital, que foi adquirido por nós no final de 2006. Actualmente, temos 93% e o restante está dividido pelos colaboradores. Em 2007, reestruturámos e relançámos a empresa.

H: Que balanço faz destes 21 anos em Portugal?
CAM:
Do nada foi construída uma empresa que factura hoje mais de 150 milhões de euros, como nove unidades cash&carry de Norte a Sul do País. Possui uma estrutura de capital 100% nacional e familiar e cresceu ao longo destes anos de forma consistente e significativa. Hoje, temos mais de 500 colaboradores espalhados pelas lojas de Lisboa, Odivelas, Cacém, Corroios, Coimbra, Montijo, St. André, Fundão e Guarda. Na última década multiplicámos a nossa actividade e, embora os últimos três anos tenham sido difíceis, continuamos a fazer um balanço positivo em linha com as nossas expectativas.

Aposta no retalho
H: A entrada no sector retalho contribuiu para a multiplicação da actividade?CAM:
Não. Está relacionada com a abertura da loja cash no Mercado Abastecedor de Coimbra, a compra das unidades do Fundão e da Guarda, que aumentaram a capacidade distributiva.

E também com a afirmação do projecto de Gestão Integrada (GI), hoje com mais de 380 lojas associadas que pesam cerca de 1/3 no nosso negócio.

H: Quando abraçaram a nova área de negócio?
CAM:
Entrámos no retalho há quatro anos. Ainda não tem peso significativo no volume de negócios do grupo, uma vez que com muita humildade lançámos as primeiras lojas e cometemos alguns erros. Corrigimos o posicionamento da empresa, do sortido, da comunicação, custo das lojas. Actualmente, temos cinco lojas sob a marca Supersol. Ainda este ano, vamos abrir mais quatro unidades das 13 que temos licenciadas. O objectivo é totalizar 20 lojas em quatro anos.

H: Porque optaram pelo regime de franchising?
CAM:
A adição de capitais dos franchisados permite desenvolver mais rapidamente o projecto. Além disso, permite crescer mais facilmente em número de lojas. Algumas cadeias de distribuição como o Intermarché ou o Minipreço registaram crescimentos muito rápidos via franchising. No ano passado, no entanto, percebemos que é importante levar ao lado deste regime um conjunto de lojas próprias que permitam formar profissionais.

H: Qual a estratégia da Manuel Nunes para consolidar a sua posição?
CAM:
A preparação das infra-estruturas para a melhorar a prestação de serviços. A reformulação das unidades começou no ano passado com a loja de St. André que duplicou a área de venda (3.500 metros quadrados). Seguem-se as lojas do Montijo, Corroios e Famões. Queremos adicionar ainda outras valências.

H: Quais?
CAM:
Preparar a empresa para a oferta de novos sortidos, nomeadamente para o retalho especializado, como as lojas gourmet, que eu acredito ser o canal do futuro.

H: Quais as lojas mais rendíveis?
CAM:
As lojas Manuel Nunes Cash&Carry são uniformes em termos de rendibilidade e produtividade. As lojas de Coimbra e do Fundão são mais recentes e, por essa razão, talvez não atinjam a mesma rendibilidade das restantes.

H: Que requisitos tem o retalhista reunir para integrar o projecto GI?
CAM:
É raro as empresas tomarem iniciativa para integrar no projecto. São os nossos gestores que identificam os potenciais participantes. Para ingressar, a loja tem de reunir vários requisitos e o empresário determinado perfil. Disponibilizamos suporte ao desenvolvimento da informática, do layout da loja, ajuste do sortido, produção de campanhas de comunicação, nomeadamente folhetos promocionais quinzenais, respeitando sempre a identidade de cada operador. Esta ajuda é regular e contínua.

H: O projecto de GI tem 11 anos e 383 lojas. Continua a crescer?
CAM:
Anualmente, entram em média de 30 novas lojas. Ambicionamos alcançar 500 unidades.

H: Onde adquirem os produtos?
CAM:
Maioritariamente a fabricantes nacionais. Não temos operações de frescos fora do País, por exemplo. Na área da marca própria e primeiros preços adquirimos na Uniarme.

H: Quais as vantagens em termos de negociação?
CAM:
A nossa contratação é feita no âmbito da central. Este serviço traz vantagens acrescidas pela escala relacional que os associados da Uniarme têm com a indústria.

Sobre o autorRita Gonçalves

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Galp reforça oferta de conveniência nas suas lojas com o exclusivo Café Biscoff

A Galp acaba de lançar uma nova proposta na sua oferta de cafetaria: o Café Biscoff. Descrito como “um café que se come ou um biscoito que se bebe”, este produto exclusivo promete surpreender os consumidores da Península Ibérica, marcando mais um passo na evolução da marca no segmento de conveniência.

Desenvolvida pelo Chef Juan Bosco, responsável pela Coffee & Bakery da Galp em Portugal e Espanha, a receita conta com certificação oficial da Lotus Biscoff. Esta inovação surge na sequência de outras apostas da insígnia, como o Chocolate do Dubai e as cookies de Natal, que se tornaram presença permanente nas lojas.

O lançamento do Café Biscoff reforça a estratégia de transformação da rede de retalho da Galp, que nos últimos anos renovou mais de 440 lojas em território ibérico, com foco numa experiência de cliente mais completa e orientada para momentos de consumo convenientes e diferenciadores.

“As nossas lojas foram repensadas para proporcionar uma experiência de abastecimento completa na nossa rede de retalho: energia para os veículos e energia para os nossos clientes”, explica Rute Gonçalves, responsável de marca, marketing e conveniência da Galp, em comunicado. “Vendemos 16 milhões de cafés por ano em Portugal, conhecemos bem os nossos clientes. Temos a certeza de que o Café Biscoff os vai surpreender e ser um sucesso”, acrescenta.

A nova bebida está já disponível em 50 lojas Galp em Portugal e em 90 pontos de venda em Espanha.

Sobre o autorHipersuper

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Super Bock lança campanha global para um novo posicionamento nos mercados externos

A acompanhar esta campanha, a marca lançou também uma nova referência exclusiva para o mercado suíço: a Super Bock Unfiltered.

A Super Bock acaba de lançar a sua primeira grande campanha de comunicação internacional em mass media, assinalando um novo posicionamento da marca nos mercados externos. Com a assinatura “What is authentic has more taste”, a campanha pretende reforçar a autenticidade como valor central da identidade portuguesa – e da própria marca.

A campanha, já presente na Suíça, está a ser veiculada nos principais canais de televisão, YouTube e meios digitais, com versões adaptadas em francês e alemão, e decorrerá até agosto. Inspirada na genuinidade do estilo de vida português, a ação convida o público internacional a descobrir um país onde os sabores são autênticos, os encontros espontâneos e os momentos partilhados em esplanadas e bares fazem parte do quotidiano cultural.

A acompanhar esta campanha, a marca lançou também uma nova referência exclusiva para o mercado suíço: a Super Bock Unfiltered, uma cerveja do estilo International Pale Lager, produzida localmente e concebida especificamente para este público. Este lançamento representa um momento inédito na estratégia de internacionalização da marca, apostando na inovação e na adaptação ao perfil do consumidor local.

Sobre o autorHipersuper

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Logística

Palletways Iberia renova certificação em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa

A Palletways Iberia renovou a sua certificação em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa (RSC), atribuída pela BONET Consulting.

Este reconhecimento sublinha o compromisso da empresa com as boas práticas ambientais, sociais e de governação, alinhadas com os critérios ESG e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Durante o processo de avaliação, foram analisadas diversas áreas-chave, incluindo a redução da pegada de carbono, otimização de recursos, cibersegurança, conformidade regulamentar, prevenção da corrupção, gestão de talentos e estabilidade do emprego. Um dos aspetos mais valorizados foi a solidez do modelo laboral da Palletways Iberia, assente numa força de trabalho estável, com baixa rotatividade e absentismo abaixo da média do setor. A empresa tem apostado em políticas que promovem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, flexibilidade e formação contínua.

A boa governação interna é também um pilar da estratégia da Palletways Iberia. A empresa descreve a sua equipa como uma “grande família”, promovendo um ambiente de proximidade, diversidade e inclusão. A par do teletrabalho e horários flexíveis, destaca-se a Escola de Vendas, que assegura a formação e desenvolvimento dos colaboradores, reforçando a cultura de valorização e retenção de talento.

No plano ambiental, a Palletways Iberia tem vindo a implementar medidas para promover uma logística mais sustentável, desde a operação com mais de 30 veículos euro-modulares até ao investimento em hubs energeticamente eficientes, com iluminação LED, painéis solares e gestão inteligente de resíduos. As suas localizações estratégicas permitem ainda reduzir as rotas de transporte e, consequentemente, a pegada carbónica.

Este trabalho contínuo foi já reconhecido com a renovação das certificações ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 e ISO 26000, bem como com a atribuição da primeira estrela Lean & Green, após a redução de 20% nas emissões de CO₂. A empresa tem como meta ultrapassar os 30% de redução até 2026.

Para a Palletways Iberia, esta recertificação é um impulso adicional à sua estratégia: “Este reconhecimento é uma garantia de que estamos a cumprir os mais elevados padrões de sustentabilidade a todos os níveis. Não só operamos com a máxima eficiência, como também o fazemos de forma responsável, garantindo um impacto positivo no meio ambiente, nos nossos colaboradores, clientes e na sociedade em geral”.

A empresa acrescentou que “esta recertificação reflete o trabalho constante e consolidado da empresa. Não é uma conquista isolada, mas o resultado de uma cultura empresarial comprometida com a qualidade, a segurança e o relacionamento com as instituições e partes interessadas. Orgulhamo-nos deste percurso sólido, construído com a colaboração de todos”.

A BONET Consulting felicitou a Palletways Iberia pelo “compromisso e rigor de toda a sua equipa na gestão e garantia do devido cumprimento da normativa, assim como pela sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e o estabelecimento de um quadro de atuação regido pela responsabilidade social corporativa. Estes valores da Palletways são evidentes nas suas acções e, em particular, na obtenção do nosso selo de Sustentabilidade e RSE, que exige uma prova formal nesta área. A certificação garante a auto-gestão e a transparência a nível interno, e gera valor ao mesmo tempo que
contribui para o cumprimento destes princípios e objetivos estabelecidos com os seus importantes clientes e colaboradores”.

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Sidul adoça a Páscoa com conto infantil

Através desta história, a Sidul quer transmitir uma mensagem de afeto e resiliência, reforçando a importância de pequenos gestos e da doçura dos momentos em família.

A pensar no espírito familiar e nos sabores reconfortantes da Páscoa, a Sidul lança “Lar Doce Folar”, uma história encantada que transforma os ingredientes tradicionais em protagonistas de uma aventura culinária com final feliz. Mais do que uma ação promocional, esta iniciativa pretende reforçar os valores da marca, aproximando-a das famílias portuguesas num dos momentos mais doces do ano.

No centro do conto está Marco, um jovem aprendiz de pasteleiro que tenta encontrar o seu lugar na icónica Pastelaria LUDIS, um espaço fictício, mas carregado de simbolismo, passado de geração em geração desde 1909. Confrontado com a pressão de corresponder às expectativas do pai, Marco vive momentos de frustração — até que os ingredientes ganham vida e, com uma pitada de magia, o ajudam a descobrir confiança, superação e o verdadeiro significado da partilha.

A narrativa culmina com a criação do “Folar Mágico”, uma receita que reúne toda uma comunidade e simboliza a união, o carinho e a tradição. Através desta história, a Sidul quer transmitir uma mensagem de afeto e resiliência, reforçando a importância de pequenos gestos e da doçura dos momentos em família.

Disponível no site da Sidul, o conto é acompanhado por atividades complementares pensadas para serem realizadas em conjunto, promovendo o convívio intergeracional e a ligação emocional à marca.

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Legado 2020 homenageia o passado e o saber geracional da Sogrape

Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 é um brinde à memória de Fernando Guedes e também “uma promessa de futuro”.

“Desde a primeira colheita, em 2008, que em cada garrafa de Legado reside um vinho que honra a memória, a paixão e a visão de um homem que sonhava em transmitir um testemunho às gerações vindouras”, apresenta a Sogrape, que está lançar o Legado 2020. A colheita, que chega em maio ao mercado, e é um tributo de Fernando Guedes à herança que recebeu de seu pai, “à vinha velha que o emocionou e a quem permitiu que esta história inspiradora se continuasse a escrever”.

Proveniente das vinhas centenárias da Quinta do Caêdo, em Ervedosa do Douro, o Legado resulta do sonho de Fernando Guedes de criar um vinho que homenageasse o Douro, a paixão e os valores de uma família dedicada ao vinho. “O vinho ensinou-me que o tempo não se mede apenas em colheitas, mas em emoções partilhadas e em memórias que perduram. Legado é o sonho vivo do meu pai, um testemunho silencioso do que somos, do que recebemos e do que desejamos deixar a quem vem depois de nós”, sublinha Fernando da Cunha Guedes, atual presidente da Sogrape e filho do criador de Legado.

A Sogrape destaca, num comunicado, que o ano vitícola de 2020 trouxe uma primavera generosa em chuva, o que permitiu restaurar o equilíbrio da terra, embora com menor produção, e um verão quente e seco, que foi suavizado por uma chuva inesperada em agosto, “suficiente para permitir às uvas uma maturação pausada, proporcionando uma grande elegância e expressão aromática aos vinhos”. Com pouco mais de 2.000 garrafas produzidas, o Legado 2020 brinda à memória de Fernando Guedes, sendo também “uma promessa de futuro”.

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Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa

A Aldi Portugal vai disponibilizar, a partir de 16 de abril, um sortido exclusivo de bolos artesanais para a Páscoa, fruto de uma parceria com a Pão da Vermelha, fornecedor nacional de longa tradição na pastelaria e panificação.

Entre as propostas, a insígnia destaca o tradicional Folar de Páscoa – simples ou com dois ovos –  Bolo-rainha e o Bolo Finto de Páscoa, ainda uma novidade: o Bolo Inglês, feito com frutas cristalizadas e massa húmida. Todos os produtos serão entregues diretamente da panificadora para as lojas, assegurando a sua máxima frescura, acrescenta a Aldi Portugal.

“Este sortido especial é mais uma das nossas apostas para celebrar a Páscoa e resulta da relação de longevidade e confiança que temos com a Pão da Vermelha. Além de frescura e qualidade, queremos que as famílias portuguesas tenham à mesa doces únicos e com um sabor autenticamente português.”, sublinha Daniel da Silva, managing director procurement da ALDI Portugal.

“A Aldié um parceiro que partilha os mesmos padrões de qualidade que nós, razão pela qual já mantemos uma relação há muitos anos, apoiando a nossa confeção artesanal, que incorpora o conhecimento de gerações anteriores.”, refere Pedro Ferreira, gerente da Pão da Vermelha.

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Foto : Pedro Melim
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Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

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O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Alimentar

Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

Hipersuper

Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

Hipersuper

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

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