Distribuição

Retalhistas chineses e russos entram no Top 250

Por a 16 de Janeiro de 2008 as 2:00

Wal-Mart aproxima-se do mercado gayOs retalhistas chineses e russos entraram pela primeira vez na lista dos 250 maiores do mundo no ano fiscal de 2006, segundo o relatório “2008 Global Powers of Retail” elaborado pela Deloitte, em conjunto com a revista Stores.

Segundo o relatório, são seis os retalhistas da Rússia e da China que figuram pela primeira vez no ranking mundial dos Top 250, incluindo o grupo chinês Bailian, que entrou directamente para a 101.ª posição. O retalhista russo mais bem colocado foi o grupo X5 Retail Group N.V. (X5) na 191.ª posição.

De acordo com Ira Kalish, director de Research da Deloitte para o sector dos Bens de Consumo, «é uma época extraordinária para o comércio a retalho. Há sinais que apontam no sentido de uma consolidação e modernização dos mercados emergentes e que deve manter-se nos próximos anos. Habitualmente, eram as empresas de retalho estrangeiras que dominavam mercados como o da Rússia e da China, mas as estratégias subjacentes ao aparecimento destas novas lojas reflectem uma maturidade cada vez maior por parte das empresas e dos mercados emergentes».

O volume total de vendas das empresas incluídas no ranking dos 250 maiores retalhistas mundiais ascendeu a 3,25 triliões de dólares no exercício de 2006 (2,2 triliões de euros), o que corresponde a um aumento de 8% em relação ao ano anterior.

Além disso, houve mais empresas do ranking a contribuir para esse crescimento. Apenas 36 empresas registaram um decréscimo das vendas em 2006, contra 49 em 2005. Segundo o relatório, o lucro líquido médio (com base nos dados disponíveis de 187 empresas) foi de 3,6%, o que revela um ligeiro aumento em relação aos 3,5% registados no ano transacto. Só onze dessas 187 empresas tiveram um resultado líquido negativo em 2006, uma diminuição relativamente às 15 das 188 empresas com resultados negativos em 2005.

No topo da lista continua a figurar a Wal-Mart Stores, o maior retalhista mundial, que aumentou a sua liderança sobre os franceses do Carrefour, que ocupa a segunda posição. A maior subida foi registada pela britânica Tesco, que ultrapassou o gigante alemão Metro, ascendendo à quarta posição e alterando as primeiras cinco empresas do ranking pela primeira vez desde 2003.

A Tesco tornou-se, igualmente, o segundo maior retalhista europeu e está a ganhar terreno ao Carrefour. Nos últimos dez anos, a Tesco tem registado uma rápida ascensão na lista do Global Powers of Retail. Em 1996, a empresa encontrava-se na 18.ª posição e em 2001 já tinha subido para a 13.ª. Entre 2001 e 2006, a Tesco conseguiu a taxa de crescimento anual mais rápida das empresas que actualmente ocupam os dez primeiros lugares, tendo intensificado esse crescimento ao entrar para o grupo das cinco maiores.

Kalish concluiu ainda que «a percentagem das 10 principais empresas no volume total de vendas das 250 incluídas no ranking continuou a aumentar. Com um volume total agregado de 978,5 mil milhões de dólares no exercício de 2006, as dez maiores empresas contribuíram com 30,1% para as vendas das 250 do ranking, contra 29,4% em 2005». Aliás, o décimo maior retalhista, a Schwarz, tem registado um ritmo de crescimento mais rápido do que o seu rival mais próximo, a Aldi, o que significa que a diferença entre as 10 maiores e as restantes está a aumentar.

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