Editorial

(Des)Confianças?

Por a 14 de Dezembro de 2007 as 9:00

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Com a aproximação da época natalícia, chegou a altura do consumo exacerbado, de vermos os Centros Comerciais cheios “até mais não”, hipers e supermercados com longas filas e o comércio de rua um pouco mais activo.

Curioso não deixa de ser, contudo, verificar que o indicador de confiança dos consumidores portugueses atingiu, no passado mês de Novembro, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2006. Pergunto eu: porque será?

Mas, animem-se. Portugal encontrará a República Checa, Suíça e Turquia na fase de grupos do Euro 2008.

O endividamento das famílias portuguesas nunca esteve tão alto como actualmente e se esta notícia ainda não fosse suficientemente preocupante, basta olhar para a taxa de desemprego para não se prever grande futuro, pelo menos a nível nacional.

Mas ânimo, Portugal encontrará na fase de qualificação para o Mundial de 2010 a Suécia, Dinamarca, Hungria, Albânia e Malta.

A proposta de aumento salarial para o ano de 2008, ronda os 2,1%, quando a inflação prevista pelo Governo da República Portuguesa se aproxima dos 2,4%.

Mas tudo porreiro, porque no dia 13 de Dezembro de 2007 assinar-se-á em Portugal o Tratado de Lisboa.

As previsões apontam para que o preço do petróleo continue a sua escalada e que, em breve, ultrapasse os míticos 100 dólares por barril, levando, assim, ao encarecimento de praticamente todos os bens de primeira necessidade.

Problema? Nem por isso, o Banco Central Europeu (BCE) até vai subir novamente as taxas de juro. E se isso não bastasse, o Eurostat divulgou ainda os números para o crescimento da economia durante o terceiro trimestre de 2007, colocando Portugal como o pior de toda a União Europeia.

E enquanto se discute a localização do novo aeroporto internacional, o português vai mantendo o seu habitual pessimismo, mas acomodado, já que o importante, nesta altura, é escolher a prenda certa para a pessoa certa.

Para o próximo ano a realidade não deverá mudar muito, mas animem-se que, com eleições em 2009, alguém abrirá os cordões à bolsa.

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