Distribuição

Carrefour prevê pressão nos preços

Por a 29 de Novembro de 2007 as 2:00

carrefour1.jpgNuma recente entrevista, José Luis Duran, CEO do Carrefour, admite a continuação da pressão nos preços no retalho em França no ano de 2008. «É muito difícil fazer uma previsão, mas os últimos dados de Outubro já mostram inflação. Esta realidade deverá continuar em 2008».

Na opinião do responsável do Carrefour, o governo francês deverá dar o exemplo ao alterar uma das mais recentes iniciativas – uma lei referente à concorrência. Esta lei destina-se a limitar a possibilidade dos grandes retalhistas, como o Carrefour, negociarem grandes descontos nos fornecedores, já que os pequenos retalhistas não possuem a mesma capacidade e dimensão para negociarem grandes descontos.

O governo contrapõe que esta lei irá aumentar a concorrência e ajudará a baixar os preços para os consumidores. Duran, contudo, refere que a melhor maneira para assegurar esta resultado passa por dar aos grandes retalhistas mais liberdade para pressionar os fornecedores para fazerem descontos. «Neste momento, a industria está a impor aumentos de preços médios na ordem dos 8%, contra 6% em 2006. Com esta lei, será difícil para os retalhistas conterem o aumento de preços», salientando ainda Duran que existe um desequilíbrio entre as margens apresentadas por companhias como o Carrefour e os grandes fornecedores: «as nossas margens líquidas rondam os 3% contra os 10% da indústria. É necessário reequilibrar as coisas».

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