Conselho dos Notáveis

Conselho dos Notáveis

Por a 14 de Novembro de 2007 as 9:30

As previsões relativamente ao crescimento do sector retalhista em Portugal, as acções da ASAE na Distribuição Moderna e os desafios colocados pela nova rotulagem dos produtos. Além disso, os Notáveis analisam ainda a recente oferta feita pela Carlsberg e Heineken para a compra da Scottish&Newcastle, bem como a situação da Compal e as declarações de Vasco d´Avillez, presidente da ViniPortugal.1.De acordo com Millenium Investment Banking (MIB), «o retalho alimentar português deverá continuar a crescer 4% ao ano até 2010, podendo vir a beneficiar de mais algumas movimentações de consolidação».

Estas previsões dependerão sempre do comportamento dos grandes players, nomeadamente Sonae e Jerónimo Martins. 54.8%

A evolução da Distribuição Moderna em Portugal será sempre influenciada por factores externos. Por isso, é prematuro avançar com estas previsões. 14.3%

A concentração do retalho alimentar no nosso País levará a que os players se tornem ainda mais competitivos. Se assim acontecer, o crescimento deverá ser maior. 30.9%

Um crescimento de 4% é baixo. Isto revela que os retalhistas estão apostados a investir no retalho Não Alimentar. 0%

2.A ASAE suspendeu a actividade de nove operadores da Grande Distribuição por “falta de higiene e deficientes condições técnico-funcionais”.

Esta situação é lamentável.

Estamos a falar de distribuição Moderna e organizada que tem obrigação de dar o exemplo aos pequenos operadores. 66.7%

O conceito de falta de higiene é muito vasto. A ASAE deveria indicar preto no branco o que é falta de higiene no sector da distribuição quando faz comunicações à imprensa. 26.2%

Pelo andar da carruagem o comércio tradicional português cai por terra, já que a maior parte não responde aos tramites legais. 2.4%

A fiscalização da ASAE é exagerada em todos os sectores de actividade e não encontra paralelo em mais nenhum país europeu. 4.7%
3.O II Congresso da FIPA (Federação das Indústrias Portuguesas

Agro-Alimentares) debateu os desafios que se colocam ao sector a médio/longo prazo no que diz respeito à rotulagem dos produtos e saúde dos consumidores, como é exemplo a prevenção da obesidade. Qual é o papel da Distribuição Moderna nesta matéria?

A Grande Distribuição deveria garantir mais lugares nas prateleiras dedicados aos alimentos saudáveis para que a própria indústria invista na criação de novas referências. 19.1%

Este assunto diz respeito apenas à indústria agro-alimentar. 7.1%

Uma vez que as marcas próprias assumem cada vez maior importância os operadores da Moderna Distribuição deveriam criar equipas próprias para desenvolver produtos mais saudáveis. 2.4%

A indústria tem dado grandes passos neste sentido, reformulando os produtos, diminuindo teores de sal e gordura, e certamente, os produtos de marca própria caminharão também neste sentido. 71.4%

4.A recente oferta conjunta da Carlsberg e Heineken para compra da Scottish&Newcastle

Não terá sucesso por motivos de concorrência. 9.8%

Faz com que a Unicer e Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) sejam obrigadas a rever as estratégias para o mercado português. 58.5%

Não terá qualquer influência no nosso mercado. 19.5%

Alterará por completo o panorama cervejeiro em Portugal. 12.2%

5.Recentemente, os responsáveis da Sumolis revelaram que as negociações para a compra da Compal estão no bom caminho.

Torna-se já repetitivo a revelação de que as negociações entre a Sumolis e a CGD para a compra da Compal estarem no bom caminho. 65.0%

Com tantos players interessados na Compal, seria mau negócio a CGD se cingir à oferta da Sumolis. 7.5%

Existem outros players com mais capacidade de revitalizar
a Compal. 17.5%

É certo que a Sumolis ficará com mais de 80% do capital da Compal. 10.0%

6.Vasco d´Avillez, presidente da ViniPortugal, referiu recentemente que «pela primeira vez nos últimos dez anos não ficarão stocks» de vinho nas adegas dos produtores portugueses.

Estas afirmações não fazem qualquer sentido, quando se sabe que existem milhões de litros nas várias adegas deste País. 14.6%

Face à boa performance de Portugal nos mercados de exportação, é bem possível que esta afirmação se torne realidade. 36.6%

As exportações portuguesas ainda não são suficientes para que o vinho seja todo escoado. 39.0%

Com a quebra no consumo e a falta de promoção de Portugal nos mercados externos, nunca será a exportação a responsável pela ausência de stocks. 9.8%

Fonte: Dados recolhidos e trabalhados pelo Jornal Hipersuper; Universo de 71 pessoas, 41 respostas

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