Distribuição

Rumo ao Oriente

Por a 29 de Junho de 2007 as 8:00

 supercenter_-_china.jpg

A China representa um mercado de oportunidades muito aliciante, assim o retrata Fátima Vila Maior do AIP. Até 2008, o produto interno bruto deverá crescer 65%, tornando a economia da China numa das mais dinâmicas do planeta. Se as actuais taxas de crescimento se mantiverem, em 2041 a China irá ultrapassar os EUA, tornando-se na 1ª economia mundial. Por sua vez, em 10 anos, com estes ritmos de crescimento, ultrapassará o Japão, tornando-se a 2.ª economia mundial

Mas é necessário compreender as particularidades culturais e até legais de um país como a China. O mercado chinês está marcado por fortes disparidades regionais em termos de poder de compra com o consumo focado principalmente nas cidades.

Um total de 12 milhões dos habitantes da China ganha uma remuneração superior a 1.000 euros por mês e dispõe de um poder de compra comparável aos sectores de rendimentos mais altos no Ocidente, além de terem uma forte apetência por produtos de alta gama e de luxo.

Dada a ligação histórica secular de Macau com Portugal, este pode constituir uma mais valia como plataforma de entrada no mercado Chinês para empresas Portuguesas. De acordo com os dados do ICEP, Macau tem registado elevadas taxas de crescimento económico.

As exportações portuguesas para a China, Macau e Hong-Kong registaram uma taxa de crescimento médio anual de 15% entre 2001 e 2006.

Portugal detém uma quota pouco expressiva no mercado, no entanto há produtos em que ocupa posições interessantes, como a cortiça (96% de quota de mercado), os vinhos (63% do mercado de Macau) e o azeite (33% do mercado de Macau).

Existem em Macau muitas vantagens competitivas para Portugal tais como a língua portuguesa ser a segunda língua oficial, a presença de marcas nacionais com forte notoriedade, a matriz portuguesa das leis e códigos, a existência de escritórios de advogados que falam português e a presença de bancos portugueses.

A próxima iniciativa no mercado Chinês será a Feira internacional de Macau -MIF 2007, em Outubro, inscrições abertas até Junho.

A Vieira de Castro é um dos casos de sucesso no mercado chinês. A empresa partilhou a sua experiência no Workshop organizado pela AIP durante a Alimentaria 2007.

Desde que iniciou a internacionalização centrou-se no mercado asiático. A primeira aposta desta empresa especialista em bolachas e amêndoas, foi o mercado Japonês, só numa fase posterior começou a abordar a China.

A estratégia que utilizou passou pela definição concreta das áreas de actuação iniciais que foram Xangai e Pequim, o estabelecimento de parcerias com importadores e distribuidores regionais e a opção por um posicionamento médio/alto.

Ana Raquel Castro comenta: «Apesar do potencial e dimensão deste mercado devemos actuar com toda a prudência, é essencial visitar, acompanhar o mercado para o conhecer melhor e podermos avançar com novas parcerias em novas regiões».

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *