Distribuição

Armazéns de retalho apostam Premium

Por a 20 de Abril de 2007 as 10:00

 corte ingles

Os últimos resultados de um estudo realizado pela Mintel em França, Alemanha, Itália, Irlanda, Holanda, Espanha e Reino Unido, indicam que entre 2001 e 2006, o sector dos armazéns de retalho (department stores) cresceu apenas 0,6%, correspondendo a cerca de 73,6 mil milhões de euros. Estes valores estão directamente associados ao crescimento das lojas discount (Lidl, Plus, entre outros), super e hipermercados.

Para contrariar esta tendência, os grandes armazéns de retalho europeus vão apostar forte na venda de produtos prestígio para atingir um maior lucro e marcar a diferença do tradicional mercado intermédio.

As previsões da Mintel, baseadas na aposta Premium, indicam um crescimento das vendas nos armazéns de 12% até 2011, atingindo os 82,7 mil milhões de euros.

Ben Parkins, analista do mercado de retalho da Mintel, indica que «a aposta em produtos Premium faz sentido pelo facto de permitir a separação da competição directa com os lucrativos hipermercados». O analista afirma que esta modificação implica alguns riscos, «pois os hipermercados são muito populares entre os consumidores europeus, mas se os armazéns de retalho não se distanciarem será dificil aumentarem as vendas».

No Reino Unido, este sector de mercado é de longe o maior dos países envolvidos no estudo, atingindo um valor de 27 mil milhões de euros em 2006. O estudo refere-o como cinco vezes maior que o mercado francês (5 mil milhões de euros) e com quase o dobro da facturação do mercado alemão (14,9 mil milhões de euros). «Comparado com França ou Alemanha, o mercado dos grandes armazéns no Reino Unido reflecte bem a força que os hipermercados e lojas discount têm nestes países», conclui Ben Parkins.

Com excepção feita à Alemanha, cujos armazéns continuam a apostar em produtos de marca própria, a Mintel prevê um aumento das vendas, nos grandes armazéns europeus, na ordem dos 13% até 2011. O maior crescimento será, sem dúvida, o do mercado espanhol (El Corte Inglês). Sendo já o segundo maior, neste sector, esperam-se subidas de 31% (16 mil milhões de euros) durante o mesmo período.

O Top 10 revela a Marks and Spencer (Reino Unido) no topo da lista, logo seguida do El Corte Inglês (Espanha). Destes 10, quatro pertencem ao Reino Unido.

Em Portugal, o mercado é liderado pelos super e hipermercados e lojas discount. No entanto, com a presença do El Corte Inglés, e face a esta aposta “prestigium”, é de esperar um crescimento das vendas durante os próximos anos.

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