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Pequenos produtores de azeite em risco de encerrar

Por a 10 de Abril de 2007 as 15:10

1.º Concurso nacional de azeite virgem extra

Centenas de unidades de produção de azeite de menor dimensão podem estar em risco de encerrar, caso não saibam reagir às grandes empresas, afirmou Francisco Lino, chanceler da Confraria do Azeite, ao Jornal de Negócios. Este cenário pode levar ao despedimento de mais de 800 pessoas.

A falta de investimento, os regimes de subsídios, que contribuíram para o abandono das explorações agrícolas, as exigências de segurança alimentar impostas pela União Europeia e a desorganização politica dos últimos anos, são alguns dos factores apontados por Francisco Lino que podem levar ao encerramento destas pequenas unidades.

Em relação à concorrência, o responsável acha que se deveria tentar compreender porque razão países como os EUA e a China querem entrar neste sector. Francisco Lino afirmou ainda ao Jornal de Negócios que acredita que dentro de 20 anos haverá «uma só empresa, oriunda do sector financeiro, detentora de 60% a 70% da decisão estratégica mundial do azeite». Os outros 30% a 40% serão então oriundos de pequenos produtores, que só conseguirão resistir caso se organizem, e se consigam distinguir pela qualidade e inovação.

O volume de negócios do sector ronda os 160 mil euros, com uma produção anual média de 40 mil toneladas de azeite. As exportações representam cerca de 25% da produção nacional, sendo que só o Brasil absorve 60% das exportações.