Distribuição

A UE deverá aprofundar-se mais do que expandir-se

Por a 27 de Fevereiro de 2007 as 18:51

UE decide sobre publicidade comparativa

No seguimento do último alargamento da União Europeia que incluem a Bulgária e a Roménia, os empresários europeus afirmam que a UE deve agora dar prioridade às políticas que irão reforçar a União: assegurar a conformidade da legislação já existente, harmonizar os impostos, reforçar a Política Externa e de Segurança Comum e desenvolver o mercado interno em todos Estados-Membros. Por outro lado, apenas uma pequena minoria destes inquiridos concordam com uma maior expansão da União.

Estes foram apenas alguns dados anunciados pela 16.ª edição do UPS Europe Business Monitor, no qual 1.450 gestores de topo de sete países europeus foram inquiridos sobre uma variedade de temas com impacto nos negócios europeus.

Para os empresários europeus deve estar no topo da lista de prioridades a garantia dum plano de acção equilibrado para todos os países: quando inquiridos quanto à forma como a UE deverá preparar a sua agenda com o alargamento da União para 27 membros, mais de metade dos inquiridos responderam (52%) «dever assegurar-se a conformidade da legislação já existente em todos os Estados-Membros». Este assunto foi mencionado mais 7% em 2006 do que em comparação com ano de 2003 (quando questionados antes da expansão de 2004). Esta prioridade é também apoiada, por pelo menos, metade dos inquiridos em cada país, excepto nos Países Baixos, onde é apenas mencionado por um em cada três inquiridos (29%). O maior apoio para a completa conformidade vem dos alemães (60%).

O tema com mais predominância nas mentes dos empresários europeus em 2003 – harmonização dos impostos no mercado interno – este ano caiu para segundo lugar, com uma queda de 12 pontos percentuais (47% em 2006 contra 59% em 2003), no entanto, este tema mantém-se no top das prioridades dos inquiridos da Bélgica, França e Espanha.

Novamente, a contrariar esta tendência surgem os empresários do Reino Unido, na qual a reforma da Política Agrícola Comum permanece no top de prioridades de agenda, com mais de metade dos inquiridos (53%) a darem prioridade a este tema, ao contrário dos outros países que dão menor importância (este assunto é apoiado por um em cada três inquiridos em Espanha e por apenas um em cada cinco na Bélgica).

Os executivos nos Países Baixos também diferem ao escolherem como maior prioridade a continuação do desenvolvimento do mercado interno (41%). No entanto, ao contrário dos inquiridos do Reino Unido, as prioridades dos inquiridos dos Países Baixos é de uma maneira geral similar às prioridades de outros empresários da Europa Continental: apesar de não constar no topo da lista, a continuação do desenvolvimento do mercado interno continua a receber níveis de apoio similares noutros países.

Quase fora do inquérito está o tema da expansão da União no futuro, com um total de apenas 8% dos inquiridos a mencionarem, panorama parecido que aconteceu em 2003 (10%). Com 14%, este aspecto recebe forte apoio pelos inquiridos do Reino Unido – sem alterações no nível de apoio expressado há três anos atrás. Embora o ressuscitar da Constituição surja na lista de prioridades do empresários europeus em segundo lugar a contar do fim (28%), este tema entusiasma vários pontos de vista por toda a Europa, com um maior apoio verificado em França (43%) – Ironicamente, um dos dois países que votaram contra em referendo – apoio moderado na Bélgica (37%) e Itália (36%) e um baixo nível de interesse expressado pelos inquiridos dos Países Baixos (16%) e Reino Unido (apenas 7%).

Quando questionados sobre o Estado-membro que mais beneficiou com a entrada na União Europeia, não há qualquer divergência: Espanha surge como clara vencedora no ponto de vista dos empresários europeus (44%), com 17 pontos à frente do outro país mais citado. A posição cimeira da Espanha resulta do forte apoio por parte dos inquiridos em França (54%), Bélgica (50%) e Itália (43%), mas particularmente devido às opiniões dos próprios em Espanha, 70% mencionaram o seu próprio país.

Para os empresários na Alemanha, o país que mais beneficiou foi a vizinha Polónia, que surge em segundo lugar da lista, mencionada por 27% dos inquiridos por toda a Europa, apesar de ser membro há relativamente pouco tempo. É também referido mais vezes (31%), do que qualquer outro país pelos empresários dos Países Baixos. Mais uma vez, os empresários do Reino Unido tiveram opiniões diferentes dos membros do Continente, afirmando que o país que mais beneficiou foi o seu país vizinho, a Irlanda (37%).