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Indústria de tomate unida contra nova OCM

Por a 9 de Fevereiro de 2007 as 17:17

tomate

Seis associações representantes de 75% da produção industrial de transformação de tomate de Portugal, Espanha, Itália e Grécia tomaram uma posição conjunta contra a proposta de reforma da Organização Comum de Mercado (OCM) do sector horto-frutícola.

Em carta enviada à Comissária para a Agricultura, Mariann Fischer Boel, a Associação dos Industriais de Tomate (Portugal), a Federación Nacional de la Industria de Conservas Vegetales (Espanha), a Associazione Italiana dell’ Industria de Produtti Alimentari, a Federazione Italiana dell’Industria Alimentare, a Confcooperative-Fedagri (Itália) e a Hellenic Canners Association (Grécia) exprimem a sua preocupação com o futuro do sector de transformação de tomate nos quatro estados-membros.

Em causa está a proposta de reforma da Organização Comum de Mercado (OCM) do sector horto-frutícola que defende o desligamento total dos apoios à produção. Os agricultores passarão a receber as ajudas calculadas com base num histórico e deixam de ter a obrigação de produzir tomate. Nos quatro estados-membros signatários da carta teme-se agora pelo futuro desta indústria que é uma das principais exportadoras dentro da agro-industria europeia.

A ser assim, e à semelhança do que já se passou com outras culturas agrícolas, temem-se só em Portugal quebras de produção superiores a 50%. Com esses valores será impossível manter os actuais níveis de fornecimento de matéria-prima e logo a competitividade desta indústria. Muitas unidades fabris correm o risco de fechar na Europa do Sul caso a Comissária Fischer Boel não tenha em conta este impactos negativos na reavaliação da sua proposta.

Em cada um dos quatro países a indústria de transformação de tomate tem um importante peso na economia agrícola. Em Portugal, a indústria tem uma facturação de 140 milhões de euros/ano, exporta 93% da sua produção e é responsável por 5.500 postos de trabalho directos e indirectos.

As seis associações exigem ainda à comissária serem parte activa na discussão técnica a fazer sobre os aspectos práticos da reforma.