Distribuição

Tesco com rótulos com valor CO2

Por a 25 de Janeiro de 2007 as 17:38

Resultados Tesco excedem expectativas

A britânica Tesco tornou-se no primeiro grupo retalhista em todo o mundo a colar em cada um dos seus produtos um rótulo com a quantidade de dióxido de carbono (CO2) emitida na respectiva produção. A cadeia de supermercados, que gera anualmente 2 milhões de toneladas de CO2 no Reino Unido, anunciou que vai colocar etiquetas nos 70.000 produtos que vende para que os seus clientes possam comparar o custo em dióxido de carbono, tal como fazem com o conteúdo de calorias e o preço, por exemplo. «O mercado está maduro (para essa iniciativa). Os nossos clientes dizem-nos que querem que os ajudemos a combater as mudanças climáticas. Temos que fazer da sustentabilidade um grande motor do consumo», afirmou o director-executivo da empresa, Terry Leahy, num discurso perante membros da Organização Não Governamental ambientalista Forum for the Future. A Tesco comprometeu-se ainda a reduzir em 50% até 2020 as emissões de dióxido de carbono geradas pelos respectivos estabelecimentos e centros de distribuição. Adiantou também que reduzirá a metade, em apenas cinco anos, os gases causadores do efeito estufa gerados pela rede de distribuição dos seus produtos. A iniciativa da Tesco faz parte de uma série de acções promovidas ultimamente pelos gigantes do comércio retalhista para exibir as suas credenciais ecológicas perante um público consumidor cada vez mais alarmado com as dramáticas consequências do aquecimento do planeta. Também a Asda, propriedade do gigante norte-americano Wal-Mart, se propôs a reduzir este ano as emissões de dióxido de carbono em 80.000 toneladas, face aos níveis de 2001, enquanto a Marks & Spencer estabeleceu como objectivo minimizar o uso de energia, maximizar as energias renováveis e, como último recurso, compensar com acções ecológicas as emissões de CO2 que não puder controlar. No seu discurso o director-executivo da Tesco anunciou que a empresa dedicará um valor próximo a 500 milhões de libras (cerca de 761,4 milhões de euros) à investigação científica sobre aquela metodologia, em colaboração com o Inst