Conselho dos Notáveis
No 3.º Conselho dos Notáveis do jornal HIPERSUPER, colocamos questões relativamente ao retalho alimentar, roubo no retalho, a velha questão da “Marca Portugal”, a falta de entendimento entre os organismos estatais na fileira do vinho e dependência de Portugal face ao centralismo “logístico” na vizinha Espanha. Além da concentração do retalho ser uma realidade, destaque para a necessidade de diferenciação do nossos produtos.
1.De acordo com um relatório realizado pelo Planet Retail, a globalização tem vindo a acelerar a concentração no retalho alimentar a nível internacional.
Essa conclusão corresponde à realidade 83.0%
Não existe concentração no retalho alimentar 0.0%
A concentração que se está a verificar, acontece, principalmente, nos mercados emergentes (China, Rússia, Índia) 0.0%
A concentração é necessária, de forma a ganhar quota em mercados altamente competitivos 17.0%
2.A VI do Barómetro Europeu de Roubo no Retalho (ERTB) coloca Portugal no topo do ranking de países da Europa Ocidental com maior taxa de roubo desconhecida.
Essa situação é normal, dado o pouco investimento que os grupos do retalho dão às questões de segurança 8.0%
Só demonstra a conjuntura económica difícil que Portugal atravessa actualmente 16.0%
Se os grupos do retalho não investirem em soluções de segurança, Portugal deverá manter-se durante muito tempo nessa posição 35.0%
A situação tenderá a melhorar, uma vez que os grupos (nacionais e internacionais) não pretendem continuar a perder dinheiro 41.0%
3. Wally Olins, especialista em “country branding” esteve recentemente em Portugal e afirmou que Portugal vive na sombra de Espanha.
É natural, uma vez que Espanha possui uma economia mais forte e outra imagem no mundo 8.0%
As políticas até agora adoptadas, pouco serviram para colocar Portugal com melhor imagem no mundo 14.0%
Portugal precisa de apostar na diferenciação e divulgar os produtos que distingue o nosso País 76.0%
Dada a conjuntura actual, Portugal muito dificilmente conseguirá sobressair no panorama internacional 2.0%
4. Nas “Conversas Unicer”, o CEO da Unicer afirmou que: «A criação de uma “Marca Portugal” é essencial sim, mas sobretudo para os portugueses».
A afirmação está correcta, até porque deverão ser os próprios portugueses a “vender” e valorizar o potencial do nosso País no estrangeiro 37.0%
Criar uma “Marca Portugal” somente para os portugueses é uma visão muito limitada 10.0%
Para vencermos no mercado da exportação, “A Marca Portugal” terá de ser criada para todo o Mundo 10.0%
Seria preferível serem as grandes empresas/marcas a divulgar a imagem de Portugal, através da apresentação de produtos de qualidade 43.0%
5. Vasco d´Avillez, presidente da ViniPortugal, referiu no seu último Artigo de Opinião que: «Todos os organismos estatais que promovem o vinho deveriam entender-se a 100% uns com os outros».
Existem demasiados interesses no sector vitivinícola nacional para os organismos estatais entenderem-se a 100% uns com os outros 4.0%
Só com esse entendimento, Portugal conseguirá competir nos países de exportação. “A união faz a força” 17.0%
Essa situação só será possível com a intervenção de entidades privadas, produtores, em conjunto com os vários organismos estatais 36.0%
6. Por ocasião do 9.º Congresso da Associação Portuguesa de Logística (APLOG), António Jorge Costa, presidente da associação sublinhou que: «Ao nível logístico, Portugal vive cada vez mais orientado para o consumo e muito centrado em Espanha».
A dependência face a Espanha faz com que Portugal perca competitividade 0.0%
Sim, é verdade, mas esta situação dá-se devido à falta de massa crítica e dimensão das empresas e do mercado português 57.0%
O recurso ao outsourcing poderia ser a solução para diminuir esta dependência 0.0%
É indispensável criar alternativas logísticas e aproveitar a localização geo-estratégica de Portugal 43.0%