Lusiaves investe 25 milhões para aumentar produção

A Lusiaves vai construir 24 pavilhões na herdade de Soure, em Coimbra. O objectivo é aumentar a produção em cinco milhões de frangos de forma a atingir um total de 25 milhões por ano, num investimento na ordem dos 25 milhões de euros. «Para produzir mais cem mil frangos por semana, iremos criar mais 50 postos de trabalho, a somar aos actuais 650 colaboradores», disse Avelino Gaspar, presidente do conselho de administração da empresa, em declarações ao Diário de Notícias.

A empresa produz, abate, transforma e comercializa aves e produtos alimentares, tais como frango, peru, galinha, pato e cordoniz e opera em cinco países europeus (Portugal, Espanha, França, Luxemburgo e Inglaterra).

A Lusiaves entrou recentemente no mercado Angolano, com a abertura de empresa de comercialização e distribuição em Benguela, um investimento de 600 mil euros. «É um país de grande dimensão que não tem produção de aves e cuja população gosta de produtos made in Portugal», justificou a mesma fonte. Na calha da companhia está ainda Luanda, que poderá ter um entreposto em 2008, adianta o responsável. A empresa apresentou uma facturação de 110 milhões de euros em 2005.

Para responder à crise que tem sofrido o mercado de aves, a Lusiaves investe na certificação. «Os consumidores refugiam-se em produtos certificados», assegura. A companhia conta ainda com uma fábrica de rações, sediada em Leiria, onde são produzidas anualmente cerca de 20 mil toneladas de rações, quer farinadas quer granuladas.

No âmbito da política de responsabilidade social, a Lusiaves entregou recentemente o primeiro Prémio LusInov’06, que visa distinguir projectos universitários na área da produção, transformação e comercialização de produtos avícolas. O júri atribuiu três menções honrosas e um prémio de 2 mil euros a cada projecto.

“Diminuição da volatilização da amónia em aviários”, da autoria de Marta Lains Barbosa, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; “Estudo de soluções integradas de bem-estar animal e protecção ambiental”, de Carla Mendes, Bruno Pedrosa e Vasco Fitas Cruz, da Universidade de Évora; e “Uma xilanase recombinante contendo um módulo de ligação ao xilano melhora o valor nutritivo da dietas à base de trigo e centeio para frangos em crescimento” da autoria de Patrícia Pinheiro da Ponte, da Faculdade de Medicina Veterinária, constituem os projectos vencedores.