Borges com Lello

A Sociedade dos Vinhos Borges (SVB) apresentou ontem, na cidade do Porto, a nova aposta com o Lello – tinto e branco. Néctar DOC Douro, proveniente de solos de natureza xistosa e de vinhas tradicionais e cultivadas em patamares, com idade média de 12 anos, o Lello tinto foi produzido a partir castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca.

Com desengace total das uvas e uma breve maceração pré-fermentativa, seguida de fermentação em curtimenta de 6-8 ias a temperatura controlada entre 22 e 24ºC, parte do Lello DOC Douro tinto estagiou em cubas de inox e outra em madeira de carvalho francês entre 4 e 6 meses. De acordo com o enólogo Hélder Cunha, «este néctar possui um aroma intenso a frutos vermelhos maduros com notas de esteva e ligeiro fumado». Já quanto ao aspecto gustativo, o enólogo da SVB salientou que «na boca o vinho é equilibrado com taninos bem maduros e final frutado e persistente».

Relativamente ao Lello DOC Douro branco, também proveniente de solos de natureza xistosa e de vinhas tradicionais, com idade média de 20 anos, foi produzido a partir das castas Malvasia-Fina, Gouveio, Viosinho e Códega. Após chegada à adega, as uvas foram prensadas, aproveitando-se unicamente o mosto de esgotamento, seguindo-se uma decantação estática a frio durante 48 horas. Após o fim da fermentação alcoólica, o vinho estagiou sobre as borras finas durante 2 meses.

Para Hélder Cunha, o Lello DOC Douro branco «possui um aroma intenso a fruta, com notas minerais e alguma complexidade, enquanto no aspecto gustativo, transmite frescura com uma acidez muito equilibrada num final macio e aveludado».

Durante a apresentação, Pedro Guerreiro, responsável de marketing da SVB salientou o facto, «desta ser uma marca de volume», prevendo que num período de 5 anos os néctares Lello cheguem ao milhão de garrafas/ano. Quanto ao marketing a aposta é significativa, canalizando a SVB mais de um milhão de euros para a promoção, apresentação e outras iniciativas, de modo a dar a conhecer e provar a nova aposta do Douro.

«Este projecto, pensado na sua longevidade, servirá de âncora de desenvolvimento de outras marcas», salientou o responsável pelo marketing da SVB, referindo que os mercados de exportação principais serão o Brasil e os Palop´s, «uma vez que no primeiro caso, o consumidor brasileiro está cada vez mais interessado nos vinhos portugueses». No caso dos Palop´s, Pedro Guerreiro destacou «Angola, país que tem crescido de forma brutal».

Já à venda no retalho alimentar, a aposta da SVB não passa, no entanto, somente pela Distribuição Moderna, constituindo o canal Horeca e as garrafeiras pontos fundamentais para a divulgação e promoção dos néctares Lello.