Distribuição

MNSRM mais baratos fora das farmácias

Por a 8 de Setembro de 2006 as 18:09

mnsrm

Segundo dados de Julho, o preço médio dos medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) diminuiu dois por cento desde que estes passaram a ser comercializados fora das farmácias. Quem o revela é o Infarmed, cuja análise mensal mostra também que a diferença de preços dos MNSRM nas farmácias e fora delas já foi mais significativa.

Para Outubro de 2005, altura em que os MNSRM começaram a ser vendidos fora das farmácias, o índice de preços do Infarmed vale 87,2%. Este índice relaciona os preços dos medicamentos no mês em questão com os preços dos mesmos em Agosto de 2005, antes do início da venda fora das farmácias. Assim, o valor de Outubro de 2005 significa que nessa altura os MNSRM eram quase 13% mais baratos noutros estabelecimentos do que nas farmácias.

Desta forma, os 98% registados no passado mês de Julho têm duas leituras possíveis: por um lado, nesse período os preços fora das farmácias estavam 2% mais baixos do que quando os MNSRM só eram vendidos nas farmácias; por outro lado, os mesmos 2% representam um decréscimo significativo da diferença do preço dos MNSRM entre os diferentes tipos de estabelecimento. No entanto, estes dados referem-se apenas a 67% dos locais de venda registados para a comercialização de MNSRM, já que dos 231 locais registados só 154 obedeceram à portaria que os obriga a reportar ao Infarmed as respectivas vendas.

O Modelo Continente S.A. é responsável por 44% do mercado – valor referente tanto ao número de embalagens como aos preços de venda a público praticados – e tem um índice de 95,1%, o que significa que os seus preços são em média inferiores aos existentes antes da entrada em vigor da liberalização dos preços. No entanto, entre Junho e Julho, os preços aumentaram 0,3%. O seu concorrente mais directo é a Novapotheke, com 8,6% do mercado e um índice de preços de 98,7%.

Entre Outubro de 2005 e Julho de 2006 foram vendidas fora das farmácias 209,721 embalagens de MNSRM, no valor de 941,554 euros. O maior volume de transacções teve lugar em Lisboa, Porto e Faro, e os analgésicos e antipiréticos foram o grupo que registou maiores vendas – 22,55% do total das unidades vendidas. A região de Lisboa apresenta os preços mais baixos e maior número de locais de vendas.