Distribuição

Universo APED cresce 9%

Por a 12 de Julho de 2006 as 12:32

APED

O ranking da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) revelou que o sector está em alta. Na realidade, foi com satisfação que o presidente da associação, Luís Vieira e Silva, informou a comunicação social que o universo das empresas de distribuição associadas da APED registou um crescimento de 8,9% no volume de vendas em 2005.

«Ao contrário das primeiras duas edições deste ranking (2003 e 2004), anos em que o sector – apesar da expansão – reflectia a conjuntura económica negativa, os dados do actual ranking da Grande Distribuição revelam um 2005 positivo para os associados da APED. Estes resultados demonstram, por um lado, o dinamismo de um sector, bem como a sua importância para a economia nacional, representando o volume de vendas 7% do PIB nacional».

Os números são claros: crescimento do volume de facturação em 8,9%, incremento de 53% no total de associados, 26% no número de lojas, 13,4% na área comercial e 9,5% no número de trabalhadores. O volume de vendas atingiu, em 2005, quase 10 mil milhões de euros e o aumento do número de empresas associadas (mais 26 do que em 2004), passou de 49 para 75, levando o presidente da APED a traçar o objectivo de chegar aos 100 associados até ao final do presente exercício.

Além disso, também a expansão na rede de lojas para as 1.546 (mais 320) revela que a abertura da atribuição das licenças teve reflexo neste ranking. Ao nível da área comercial, o crescimento foi de 195.500m2, fixando o total actual nos 1,65 milhões de metros quadrados, criando o sector da Grande Distribuição associado da APED mais 5.228 novos postos de trabalho, passando assim a contabilizar um total de perto de 55 mil trabalhadores.

No que diz respeito à evolução por formato, denota-se um decréscimo dos super e hipermercados, passando a deter uma quota de mercado de 59%, ao contrário do retalho especializado que viu a sua quota de mercado aumentar de 20 para 23 pontos percentuais, mantendo o formato discount os mesmos 18 pontos do exercício passado.

Nas palavras de Luís Vieira e Silva, «esta tendência está a verificar-se em toda a Europa. Em Portugal, dado o atraso registado no retalho especializado, este ganho de quota é mais significativo, sendo de prever que nos próximos anos esta tendência se mantenha».

Relativamente ao volume de negócios 2005, a Modelo/Continente mantém a liderança aumentando o valor para os 2.301 milhões de euros (2,2 mil milhões em 2004). Na segunda posição manteve-se, igualmente, a Jerónimo Martins Retalho com um volume de negócios de 1.800 milhões de euros, colocando-se em terceiro lugar no ranking referente ao ano de 2005 o grupo Auchan com um volume de negócios de 1.145 milhões de euros. De resto, são estes os únicos três grupos de distribuição a ultrapassar a fasquia dos mil milhões de euros, aparecendo o discount alemão da Lidl em quarto lugar com 972 milhões d euros. De registar a entrada directa das empresas Massimo Dutti e Sacoor para as posições 18 e 23 do ranking com 70 e 46 milhões de euros de volume de negócios, respectivamente.

Se no Alimentar, os quatro primeiros lugares são os quatro do ranking total, no que diz respeito ao retalho especializado, o ranking é liderado pela Worten, com 415 milhões de euros de volume de negócios, ficando o El Corte Inglês, apesar da única loja de Lisboa e do espaço da Beloura, em segundo com 297 milhões de euros.

Para o ranking de 2006, Luís Vieira e Silva prevê um novo aumento dos números, «não só devido às novas aberturas, graças às novas licenças, como também crescimento do número de associados». Ou seja, 2006 poderá registar um crescimento global de sete pontos, vaticinando-se um crescimento do retalho alimentar na ordem dos 4%.