Grupo Sá estreia-se no Continente

O Grupo Sá acaba de aplicar 3,5 milhões de euros na inauguração da sua primeira unidade comercial no Continente. A loja, que assume um posicionamento gourmet mas com especial atenção à relação qualidade/preço, está inserida no novo empreendimento imobiliário do Campo Pequeno (Lisboa). São 1.400 metros quadrados de área de venda e um sortido que ascende a 20.000 referências, 10% quais de marca própria e 500 originárias da Madeira.

“O desejo de expansão faz parte das nossas intenções há muito tempo”, declarou Jorge de Sá, presidente do Grupo Sá, por ocasião da abertura do primeiro espaço comercial fora da Madeira, onde já existem 17 lojas abertas, entre formatos de maior e menor dimensão. Com um layout totalmente remodelado e uma oferta alargada, a unidade do Campo Pequeno assume igualmente um papel simbólico no historial do Grupo, uma vez que celebra no corrente exercício 50 anos de existência.

Após ter expandido actividade aos Açores, desta feita na área do Turismo, o Grupo Sá, que facturou, em 2005, cerca de 125 milhões de euros – 90% deste montante é relativo à actividade de Distribuição – inicia uma nova fase da sua vida e prevê um crescimento entre cinco a seis pontos percentuais já para este ano. De acordo com Rui Sá, administrador e responsável máximo pela área de retalho, “o objectivo primário é consolidar este investimento e tirar partido da logística já instalada, mas naturalmente pensamos em rentabilizar a operação através de economias de escala”.

Nesse sentido, referiu o administrador, “já temos em vista outros espaços na área de Lisboa e é muito provável que se venha a concretizar investimento no Norte, mas existe a questão das licenças” como pano de fundo para a concretização dos processos de expansão das diferentes insígnias. Rui Sá, todavia, enfatiza que a empresa não deixará de prosseguir investimento na Madeira, onde vai abrir mais duas lojas durante 2006.

A loja do Campo Pequeno aposta claramente no sector Alimentar, mas o grupo também pretende expandir o ramo não-alimentar, concretamente através do conceito Domestic (artigos para o lar). O estabelecimento de um regime de franchising para a marca Severa (cafetarias) é outra das situações em equação, podendo estas lojas estar localizadas tanto dentro como fora dos pontos de venda Sá. A internacionalização, concretamente nos Palop e talvez a Leste, não foi colocada de parte pelo administrador, mas sempre numa lógica de “crescimento sereno” que tem caracterizado a evolução desta empresa de índole familiar.

O novo espaço tem dez caixas de saída para uma área total de venda de 1.400 m2 e um sortido que ascende às 20.000 referências. Deste total, teremos cerca de duas mil em marca própria e 500 de produtos oriundos da Madeira, com base numa listagem de 100 fornecedores daquele arquipélago. A loja, até pela atractivamente do espaço, com corredores espaçosos e um grafismo totalmente inovador ao nível da cor e até da circulação instore, assume um posicionamento médio/alto na lógica gourmet/delicatessen, o que se encontra em sintonia com a zona populacional onde está inserida. Estará aberta das 10 às 23 horas, incluindo domingos e feriados.