França ataca China

A França parece estar decidida a fazer um forte ataque ao mercado chinês. Esta decisão passa por significativos investimentos em lançamentos nas diversas cadeias de supermercados existentes naquele país, capitalizando desta forma as iniciativas iniciadas pelos ministros franceses durante a realização da Vinexpo, em Hong Kong. França já deu início, inclusivamente, a programa educativos sobre vinhos, em parceria com algumas empresas de vinho chinesas e prepara-se para plantar vinhas experimentais, de modo a expandir o conhecimento vitícola na China. Em declarações à imprensa durante a Vinexpo, a ministra dos Negócios Estrangeiros francês, Christine Lagarde, disse aos delegados presentes que «a quota dos vinhos franceses na China é relativamente limitada e nós queremos alterar esta situação». O anúncio de que em Novembro, mil pequenas e médias empresas fracensas irão fazer algumas parcerias com homólogas chinesas, levou a ministra a afirmar que «os produtos franceses irão ser lançados de forma massiva nos supermercados, de modo a que o consumidor chinês possa conhecê-los melhor».

Quando questionada relativamente à concorrência proveniente do Novo Mundo, a responsável pela pasta dos negócios estrangeiros franceses desvalorizou a “ameaça”. «Os vinhos franceses são os líderes em vários mercados, entre eles a China e praticamente em toda a Ásia,», referiu e adiantou, «é natural que os players do Novo Mundo queiram uma fatia desse mesmo mercado». A visita da ministra dos negócios estrangeiros foi seguida pelo ministro da Agricultura, Dominique Bussereau, afirmando que «o mercado chinês é de extrema importância para nós. O Continente asiático será um dos mercados mais no futuro e nós temos que estar cá». De acordo com os dados da IWSR, China representará o maior Mercado vínico da Ásia e a “sede” pelos vinhos importados cresceu cerca de 150% desde 2000, prevendo-se uma duplicação destes números até 2010.