Lidl congela mercados romeno e búlgaro

A cadeia discount alemã, que se tem caracterizado pela velocidade da sua expansão internacional, terá congelado as intenções de largamento do portfólio de negócios aos mercados romeno e búlgaro, segundo anunciou o Planet Retail. O cancelamento dos planos de abertura previstos para 2007 surgiram como uma surpresa, particularmente tendo em atenção a adesão destas duas nações à União Europeia a breve prazo. Esta não é, todavia, a primeira vez que as intenções são adiadas, uma vez que os dois países têm vindo a ser analisados desde há quatro anos. Um dos aspectos que terá estado na base desta decisão é o elevado nível de corrupção. A cadeia Plus, da Tengelmann, admitiu recentemente que adiou a entrada na Roménia mais um ano precisamente porque não estava disposta a pagar subornos para obter autorizações de construção. «Há mais de 30 entidades para todo o tipo de autorizações e todas elas esperam alguma coisa», declarou.

As reformas políticas e económicas em ambos os países têm sido mais lentas do que o esperado, apesar de a adesão à União Europeia estar prevista já para 2007. Mas são mercados que, ultrapassadas as debilidades estruturais, serão sempre olhados com especial apetite por parte dos grandes grupos retalhistas. De facto, a Roménia tem 22 milhões de habitantes, sendo o segundo país mais populoso da Europa Central e de Leste, apenas atrás da Polónia. A Bulgária tem oito milhões de habitantes, mas níveis de concentração retalhista extremamente baixos, o que mostra o elevado potencial de desenvolvimento para o sector. Aliás, a insígnia de hipermercados Kaufland, também do grupo Schwarz (Lidl) e já presente nos dois países, não reportou qualquer problema desde a entrada na Roménia, o ano passado, e na Bulgária, em Março deste ano.