Investimento privado financia Portugal Logístico

A Rede Nacional de Plataformas Logísticas, apresentada ontem pelo Governo, vai ser financiada em cerca de 85% pelo sector privado, cabendo ao Estado a restante parcela. O plano «Portugal Logístico» engloba 11 plataformas estratégicas em Lisboa, Maia/Trofa, Leixões, Sines, Setúbal, Aveiro, Valença, Chaves, Guarda, Elvas/Caia e Tunes. No total, as plataformas ocupam uma área de 844 hectares.

O objectivo do projecto é, segundo a secretária de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Ana Paula Vitorino, «transformar Portugal numa plataforma atlântica para os movimentos internacionais no mercado Ibérico».

O Governo está a desenvolver em simultâneo o projecto Janela Logística, software de apoio ao plano, que vai integrar as autorizações alfandegárias à exportação e importação de mercadorias e deverá estar concluído no final de 2006. A gestão do sistema vai ficar nas mãos de uma estrutura estatal de regulação ainda por criar: o Instituto de Transportes Terrestres.

Segundo Mário Lino, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, a instalação da rede logística vai permitir melhorar a rapidez, segurança e competitividade dos transportes de mercadorias. Por outro lado, acrescentou, «uma boa rede logística possibilita uma redução média de custos na ordem dos dez por cento».

O projecto, que contará ainda com duas zonas para cargas aéreas nas principais cidades do País, vai ser alvo de um investimento total de 1.038 milhões de euros, dos quais 131 milhões serão canalizados para as acessibilidades. A rede deverá estar operacional no final de 2013.