FMCG Vinhos

Fladgate apresenta viticultura

Por a 23 de Março de 2006 as 17:39

Gladegate

A equipa técnica da Fladgate Partnership, António Magalhães, Responsável de Viticultura e David Guimaraens, Director Técnico, apresentou no 1.º Congresso Internacional de Viticultura de Montanha com Forte Declive, em Aosta, Itália, um trabalho revolucionário sobre a viticultura de montanha, tendo sido considerado pelo júri como o mais inovador de entre as várias apresentações. A Fladgate Partnership pretende, com os modelos agora desenvolvidos, estar preparada para os desafios do terceiro milénio, onde todas as economias são necessárias sem que isso comprometa a qualidade do vinho do Porto. Algumas das empresas agora integradas no Grupo Fladgate Partnership, já completaram o seu tricentenário, tendo a Taylor’s sido a primeira casa exportadora a investir em vinha própria.

A viticultura tradicional do Douro impressiona pela espectacular paisagem criada pelo homem e pelo proveito sábio da pobreza natural do solo e da adversidade do clima na produção do Vinho do Porto. As virtudes da viticultura tradicional (em socalcos) assentam na defesa da erosão provocada pelas chuvas e também na escolha e na distribuição das castas no terreno. O grande senão da viticultura tradicional reside na penosidade e no elevado trabalho manual que exige.

Foram estas contrariedades que deram lugar a outros modelos de plantação, tendo vingado sobretudo a plantação em patamares, e cuja maior referência foram os 2500 hectares, plantados na década de oitenta do século passado ao abrigo do P.D.R.I.T.M. (Projecto de Desenvolvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes). Hoje, passados 20 anos, são óbvios os erros deste modelo de plantação destacando-se a erosão causada pelas chuvas, a distribuição das castas no terreno e a condução das videiras.

A Fladgate Partnership, proprietária de mais de 1,2 milhões de videiras, identificou as seguintes premissas na plantação de uma vinha de encosta: a protecção dos solos à erosão, a escolha das castas, sua correcta distribuição no terreno e condução (factores, estes, chave para a qualidade das uvas, sendo nas situações mais árias muito importante a orientação das linhas de plantação) e por último a simplificação das tarefas vitícolas que entendemos bem mais importante que a sua mecanização.

Os modelos resultantes destas premissas, vinha “ao alto” e em patamares estreitos têm a sua aplicação nos casos de o declive inicial da encosta ser menor de 35 a 40%, aplicando-se o primeiro e nos casos de maior inclinação o segundo. Além destes dois modelos e como consequência da eleição do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial, a Fladgate Partnership desenvolveu um terceiro modelo para a replantação das vinhas velhas nos socalcos tradicionais – Reconversão dos Socalcos Tradicionais. Com este novo modelo o Grupo acredita estar a responder às melhores expectativas do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial.