FMCG Marcas

Gama preparada em expansão

Por a 17 de Fevereiro de 2006 as 10:03

Florette

Presente no mercado nacional desde 1998, a Florette Portugal dedica-se exclusivamente à comercialização de produtos pertencentes à IV Gama. Registando um crescimento contínuo, as previsões para o ano de 2006 são de evolução a todos os níveis, além de existir a possibilidade de alargamento do portfólio com novidades inovadoras.

O grupo Florette, especialista europeu em vegetais frescos e prontos a consumir, fundado em 1983, tem ao longo destes anos alargado o seu raio de acção a diversos mercados europeus, nomeadamente Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha, Itália, Reino Unido, França, Espanha e Portugal. Todos os produtos Florette pertencem à IV Gama, provenientes de culturas próprias, exigindo assim um elevado grau de aprovisionamento de matérias-primas para a distribuição e comercialização, possuindo o grupo, actualmente, cinco fábricas em espaço europeu.

No mercado português há aproximadamente oito anos, a Florette Portugal tem vindo a registar uma evolução no volume de vendas e na respectiva facturação, permitindo passar, em apenas quatro anos, de 3,42 milhões de euros (2000) para sete milhões no final de 2004, prevendo Paulo de Castro Dias, delegado da Florette em Portugal, que o exercício de 2005 termine com uma valor ligeiramente superior a oito milhões de euros e uma quantidade acima das duas mil toneladas.

Mercado com potencial No que diz respeito à realidade nacional, Portugal é caracterizado como um mercado em expansão, sublinhando que «os rácios de consumo são ainda bastante inferiores à média europeia. Portugal é um mercado ainda muito jovem, pouco estável, existindo um grande potencial de crescimento, dado estarmos a falar de um produto muito ligado a factores de conveniência. O dia-a-dia nas grandes cidades leva a que as pessoas privilegiem os produtos de IV Gama», embora Paulo de Castro Dias prefira falar de produtos preparados ou vegetais lavados prontos a consumir do que em IV Gama, referindo que «IV Gama poderá muitas vezes conduzir o consumidor em erro».

Na realidade, o modo de vida stressante de hoje tem vindo a alterar os hábitos de consumo da população portuguesa, levando a que exista menos tempo para a preparação das refeições, beneficiando assim a introdução deste tipo de produtos no mercado. Paulo de Castro Dias revela que «não foi tanto o modo de vida dos portugueses que se alterou, mas sim os hábito de consumo dos mesmos.

Falar de IV Gama é sobretudo falar de um produto que não é «simplesmente apanhado e colocado dentro de um saco», sublinhando o responsável que a Florette não possui fábricas, mas sim unidades de embalamento. Ou seja, «nós não produzimos, não fabricamos, simplesmente trabalhamos vegetais que são seleccionados, preparados, lavados, embalados e prontos a consumir. Isto tudo sem recurso a conservantes a não ser o frio». Importante neste segmento de mercado é garantir a homogeneidade do produto ao longo dos 365 dias do ano e a optimização de processos para que nos sete dias de vida do produto, este se mantenha tal como quando foi adquirido.

Presentes em todas as cadeias da Distribuição Moderna em Portugal, o discount é contemplado com outra marca do grupo – Azariel – fornecendo a Florette algumas insígnias com marcas próprias, negócio que vale à empresa cerca de metade da sua facturação. Questionado sobre a diferença entre os produtos Florette e aqueles que fornece para marca própria, Paulo de Castro Dias refere o exemplo do Reino Unido, «onde quando chegámos praticamente só existiam marcas próprias e ao fim de poucos anos, a Florette passou a ser a marca de fabricante mais vendida. O que acontece é que a marca Florette é muito conhecida e mais facilmente associada a qualidade e temos investido bastante no mercado. Além disso, ambos os produtos têm a sua função no mercado», salientando o responsável que «actualmente poucos são os produtos que não possuem marca própria».

Quanto às negociações com o Alimentar, «existe consciência de que a IV Gama foi pensada para a Distribuição Moderna, sendo uma gama útil em muitos aspectos em termos de organização do espaço de loja e fiabilidade no fornecimento». Em relação à diferença entre os hipers e supers, o segmento dos supers seria por excelência o segmento ideal para a venda deste tipo de produtos, dada a lógica diária das compras. «Os produtos da Florette não se englobam nos produtos que se podem comprar mensalmente para manter no frigorífico. No entanto, nota-se que muitos hipers funcionam como supers, verificando-se que os consumidores vão ao hiper de modo regular. Já não se vai uma vez ao hiper, vai-se várias vezes e isso tem contribuído para que as vendas não registem grandes diferenças».

Com a preferência dos consumidores a ir para as saladas e verduras – Gourmet, Vega e Toscana (saladas mistas) e sopas (verduras) – a estratégia da Florette em Portugal acompanha a estratégia internacional do grupo, alimentando o nosso mercado com produtos específicos. «O mercado português tem necessidades específicas e nós produzimos produtos exclusivamente para o mercado nacional, não invalidando que estejamos atentos aos produtos que são lançados noutros mercados». Assim, as novidades para 2006 poderão passar pela diversificação da gama, sublinhando Paulo de Castro Dias que o principal objectivo da Florette Portugal passa por consolidar os recentes lançamentos, garantindo no entanto que «novidades vão haver muitas e algumas até surpreendentes».