Distribuição

Energia aumenta seis milhões de euros na Distribuição

Por a 11 de Janeiro de 2006 as 11:42

A APED estima que o aumento da factura energética no sector da Distribuição possa ascender a cinco ou seis pontos percentuais, em virtude da grande maioria dos operadores trabalhar em baixa ou média tensão. De acordo com o Executivo, os aumentos cifram-se na ordem dos 0,5% na muita alta tensão, 1,3% na alta tensão, 4,2% na média tensão e 8,6% na baixa tensão. Assim sendo, a média de 4,1% que o Governo calcula em termos nacionais sofre, na Distribuição, alguma inflação. Ainda assim, a Associação congratula-se com o facto de se ter desistido do aumento médio de 16 pontos, como estava inicialmente previsto, ou de 10%, numa segunda fase.

Contudo, Luís Vieira e Silva deixou bem claro que estamos a falar de um aumento «extremamente significativo», na medida em que o universo representado pela APED gasta cerca de 100 milhões de euros por ano em energia. «Números redondos, cada ponto percentual acrescido corresponde a um milhão de euros mais», destacou, assinalando igualmente que «a factura energética representa 6% dos custos totais dos operadores de distribuição, sendo o segundo maior factor a seguir aos recursos humanos». Por outro lado, a medida é também enquadrada no encerramento dos acordos estabelecidos com a EDP no âmbito deste sector, os quais configuravam um regime especial que agora simplesmente deixa de existir. A responsabilidade desta decisão pertence exclusivamente a operadora de electricidade, afirmou Vieira e Silva.

O presidente da APED aproveitou também a ocasião para fazer um pequeno balanço do impacte que teve o aumento do IVA no sector, denunciando que os associados absorveram um ponto percentual, ou seja, metade do aumento, ao mesmo tempo que o consumidor final sofria na pele as consequências desta medida nos restantes 50%. Paralelamente, destacou também que os efeitos do aumento da taxa tiveram reflexo directo no consumo, dando para isso o exemplo da área não alimentar, onde é aplicada a taxa máxima. Segundo afirmou, e por comparação com períodos homólogos de 2004, no primeiro semestre a variação situou-se nos 4,3%, tendo desacelerado para ritmos de 2,8% no segundo. Para a APED, este diferencial pode ser imputado ao acréscimo do IVA.