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Vinho do Porto: EUA levam a melhor

Por a 27 de Dezembro de 2005 as 18:18

Os produtores americanos vão continuar a utilizar as expressões que são atribuídas às denominações do Vinho do Porto – vintage, tawny e ruby. Portugal, pela mão de Jaime Silva, Ministro da Agricultura, a Alemanha e a Áustria votaram contra o acordo assinado entre a União Europeia e os Estados Unidos. Port, Madeira, Cherry, Tokay, Retsina, Málaga, Hock, Clarete, Champanhe, Borgonha, entre outras, constituem denominações que vão continuar a ser utilizadas pelos americanos até à revisão da Lei de Amatto, prometida pela Administração Bush, que prevê que as expressões deixem de poder ser registadas como marca comercial nos EUA.

Em declarações ao Público, o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Jorge Monteiro, explicou que o acordo não é «bastante pior» do que aquele que foi negociado o ano passado, altura em que a Europa deixou de assegurar as denominações Ruby ou Tawny. No entanto, aponta como benéfico para Portugal, o facto de o mercado americano consumir em força vinhos de boa qualidade. «O Vinho do Porto detém 25 por cento em volume e 40 por cento em valor do mercado dos néctares de sobremesa». Na opinião de Isabel Marrana, presidente da Associação das Empresas de Vinho do Porto, segundo o mesmo jornal, «este acordo traz estabilidade comercial. Acabaram-se as ameaças de que os EUA poderiam criar barreiras à importação, criando taxas de entrada». A exportação do Vinho do Porto para os EUA foi responsável por um volume de negócios na ordem dos 30,2 milhões de euros, correspondente a 9,1 do número total das exportações.