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Menos aves à mesa

Por a 27 de Dezembro de 2005 as 18:08

O impacto da mediatização do vírus da gripe aviária fez cair a procura de carne de aves e, consequentemente, as vendas e o preço deste tipo de carne. Esta é a principal conclusão do Boletim Mensal de Agricultura, Pescas e Agro-indústria de Dezembro de 2005, do Instituto Nacional de Estatística (INE). No mês de Outubro registou-se uma descida de 30 por cento no índice de preços no produtor para os animais de capoeira vendidos vivos, face a igual período do ano passado.

O peso de aves e coelhos abatidos (aprovados para consumo) rondou 19.902 toneladas em Outubro, o que se traduz numa quebra de 0,7 por cento face ao mês homólogo de 2004. O decréscimo está relacionado com a redução do número de abates de perus (-12%), patos (-15,5%), codornizes (-12,8) e coelhos (-10,9). Por outro lado, a contrariar a tendência, o volume de abate de galináceos aumentou 2,5 por cento, explicado pelo facto de os animais apresentarem peso superior à média. Tendo em conta o mês em análise, verificou-se um acréscimo de 6,5 por cento na produção de frango, face ao mês de Outubro de 2004, situando-se perto das 20 mil toneladas. No que diz respeito aos ovos de galinha para consumo, o volume fixou-se nas 7,6 mil toneladas, o que significa uma redução de 15,2 por cento.

Tendo em conta o mesmo mês, a produção de gado abatido para consumo cresceu 8,9 por cento. O leite de vaca e os produtos lácteos também registaram acréscimos. Quanto ao primeiro, foram recolhidas 147 mil toneladas, mais 3,7 por cento do que no ano anterior, já a produção de produtos lácteos subiram quase seis por cento.

Concluídas as colheitas de 2004/2005, o relatório do INE confirma o mau ano agrícola, com «quebras acentuadas no milho de regadio, olival e frutos secos». A excepção dos números vai para a produção de kiwi, fruto que verificou um «ligeiro aumento».

No sector das pescas, a quantidade de pescado descarregado foi superior em 40 por cento à registada em Outubro de 2004, sobretudo de carapau, sardinha e chicharro, o que traduz numa subida de quase 30 por cento em valor.

Nas indústrias alimentar e de bebidas, o índice de produção conheceu uma descida de 12,4 por cento e o índice de preços de 0,3 por cento em relação ao período homólogo de 2004.