Fusões recuam 57% em Portugal

Por a 13 de Dezembro de 2005 as 18:02

O volume de actividade das fusões e aquisições em Portugal caiu até Novembro do ano corrente 57 por cento face ao mesmo período de 2004, revela uma análise realizada pela KPMG/Dealogic. Até ao final de Novembro foram registadas 79 transacções de fusões e aquisições de empresas portuguesas, menos seis por cento que em 2004, que representam 3,36 milhões de euros. O estudo projecta que até ao fim do ano o volume de negócios atinja 4,4 milhões de euros.

«A falta de transacções de montantes elevados justifica a fraca performance do mercado de fusões e aquisições em Portugal», explica Paulo Santos, responsável da KPMG.

As maiores transacções de fusões e aquisições registadas em Portugal ocorreram já na segunda metade do terceiro trimestre. A aquisição do capital da Compal por parte da Caixa Geral de Depósitos e Sumolis, por exemplo, envolveu 512 milhões de euros.

Os números registados em Portugal invertem a tendência mundial, onde se registou um aumento de 19 por cento. O mercado global de fusões e aquisições registou um volume de negócios de 1,7 mil milhões de euros, para os 1,9 mil milhões registados no mesmo período do ano passado. Cerca de 24 mil transacções foram efectuadas até ao final do ano, sendo que as previsões para o fecho do ano apontam 17 mil negócios concluídos.

Os EUA, como já é habitual, lideram este mercado, embora o Japão tenha apresentado subidas significativas. A nível mundial, o maior negócio de fusões e aquisições de 2005 foi protagonizado pela Procter & Gamble com a aquisição da Gillete.