FMCG Vinhos

Ajudas europeias

Por a 13 de Dezembro de 2005 as 15:00

Subsidios

Portugal vai receber mais 45 milhões de euros para a renovação e reestruturação da vinha para a campanha de 2005/2006. Na listagem liderada pela vizinha Espanha, o nosso país recebe cerca de 10% do valor total estipulado para as vinhas europeias.

A Comissão Europeia aprovou duas decisões referente à reestruturação e conversão da vinha, indicando a primeira deliberação um valor de 450 milhões de euros a distribuir pelos estados-membro produtores de vinho para 2005/2006, sendo que a segunda fixa definitivamente os subsídios para o presente exercício de 2004/2005. Embora a área a ser intervencionada registe uma redução superior a dois mil hectares, totalizando 59.002, o valor das ajudas a prestar aos viticultores europeus cresce ligeiramente.

Para a comissária responsável pela agricultura e desenvolvimento rural, Mariann Fischer Boel, «a melhoria e qualidade das vinhas, bem como as preocupações referentes ao abastecimento e exigência são a prioridade», salientando ainda que «os programas de reestruturação e conversão de vinhas financiados pela UE oferecem aos produtores de vinhos o suporte necessário para levarem estas acções a bom porto».

A Comissão concede os subsídios em linha com as quotas de vinha de cada estado-membro no total europeu, aparecendo a Espanha com a maior fatia a ser distribuída pela UE, fixando-se o valor a ser atribuído a “nuestro hermanos” acima dos 150 milhões de euros para uma área de vinha de 21.131 hectares. Portugal vê a contribuição vinda dos cofres europeus diminuir, perdendo cerca de 600 mil euros com a área de vinha a diminuir em mais de 1.400 hectares. Apesar desta descida, a vinha portuguesa recebe a quarta maior ajuda dada pela União Europeia, sendo curioso constatar que, ao apresentar uma área de vinha inferior a ser reestruturada/renovada, a França recebe mais seis milhões de euros que a Itália.

De referir ainda que dos 14 países contemplados com ajudas provenientes da União Europeia, apenas seis irão receber mais dinheiro na campanha 2005/2006, destacando-se a Eslováquia com mais 1,4 milhões de euros e a Espanha que ganha mais 2,2 milhões. No campo inverso, os restantes oito países vêem as ajudas serem reduzidas, pertencendo o destaque neste capítulo à Itália com menos quatro milhões de euros e França que perde dois milhões.