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Frota de pesca nacional reduzida em 20%

Por a 29 de Novembro de 2005 as 18:11

A Comissão Europeia (CE) anunciou esta manhã a intenção de reduzir até 20 por cento as espécies pescadas pelos portugueses. A proposta de Totais Admissíveis de Pesca (TAC) para os mares da União Europeia (UE), que foi apresentada às Associações de Armadores em Bruxelas, prevê diminuições de dez por cento nas capturas permitidas de lagostim, 15 de carapau, tamboril e biqueirão, e 20 de badejo. Por outro lado, o documento propõe um aumento de 12 por cento para a captura de pescada e cinco para a sarda. Em relação ao linguado, solha, arinca e maruca, a CE pretende manter a quantidade da pesca permitida. O aumento no TAC vai ser limitado por uma redução no esforço de pesca, de 23 para 21 dias, segundo avança o Jornal Público.

São um total de 130 as espécies que Bruxelas diz estarem «gravemente ameaçadas de esgotamento», sendo o principal objectivo proteger os stoks biológicos sãos, preservando, ao mesmo tempo, a actividade económica das frotas de pesca do Velho Continente.

No entanto, as duas espécies mais importantes em termos económicos para os pescadores portugueses não estão sujeitas a restrições de pesca, a saber: o polvo, que representa 35 milhões de euros de vendas nas lotas nacionais e a sardinha, com um total de 31 milhões de euros. Logo a seguir vêm o carapau (19 milhões), o linguado (onze), a pescada (sete), o peixe-espada preto (seis), o lagostim (seis) e, por último, o choco (5,5 milhões).

O projecto que tomou em conta pareceres científicos do Concelho Internacional para a Exploração do Mar e do Comité Científico, Técnico e Económico, está sujeito a alterações até à amanhã. Assim, a decisão final sobre o TAC para cada espécie e a quota para cada um dos países será tomada na reunião dos ministros das Pescas que reúnem a 20 e 21 de Dezembro, em Bruxelas.