Economia aponta fracos sinais de crescimento

A economia portuguesa deu sinais de retoma no terceiro trimestre, que se devem ao aumento da procura externa líquida e à degradação da procura interna. O Instituto Nacional de Estatística (INE) na Síntese Económica de Conjuntura, dá conta que: «Durante o terceiro trimestre de 2005 verificaram-se alguns sinais de recuperação, embora sem reflexo no andamento dos indicadores de clima e de actividade». A Indústria, sobretudo a produção de bens intermédios, assim como os serviços, constituem os sectores que mais contribuíram para estes sinais.

Os danos verificados nos indicadores do sector do comércio registaram-se ao nível do retalho, mas sobretudo no sector grossista. Este desempenho reflecte uma diminuição dos níveis de consumo, que «abrandou durante o terceiro trimestre, tanto na componente dos bens duradouros como na área do consumo corrente», indica o INE.

O investimento, no período em análise, «evoluiu menos negativamente», no entanto, «grande parte da informação parcelar sobre as diferentes componentes fornece indicações contrárias, apontando para um agravamento da evolução do investimento».

Quanto às exportações, os dados de Agosto apontam para uma aceleração, «que compensou a correspondente variação das importações», o que fez com que «se reduzisse o diferencial de crescimento entre o valor de saída de bens e a procura potencial que é dirigida aos produtos nacionais».