Aznar cabeça de cartaz

Na sequência do impacto obtido em Fevereiro, a APED organiza novamente o Congresso do Comércio Moderno, iniciativa que se destaca outra vez pela qualidade e prestígio dos oradores. O evento, sob o lema “No Caminho do Futuro”, tem lugar a 22 e 23 de Fevereiro de 2006 no Centro Cultural de Belém, assumindo uma abordagem abrangente da área económica, na qual merecem destaque temáticas como a globalização, inovação, estratégia e liderança.

José Maria Aznar é figura de cartaz no II Congresso do Comércio Moderno. Intimamente ligado a um período de particular fulgor económico, o ex-primeiro ministro espanhol vai trazer a experiência adquirida ao longo dos dez anos em que liderou o Governo dos nosso vizinhos ibéricos, sendo provável que, paralelamente à temática do mercado livre e da globalização, dê igualmente um cunho ibérico à sua análise.

De facto, a principal característica do Congresso, e que aliás vem na sequência da primeira edição, é o prestígio inquestionável dos principais intervenientes. Para 2006 foi reforçada a participação internacional, encontrando-se alguns dos mais conceituados especialistas mundiais em matéria de gestão económica. Entre eles estarão Michael Hammer, autor de diversos livros entre os quais “Reengeneering the Corporation”, Richard Boyatzis, especialista em gestão e estratégia que irá abordar os aspectos emocionais da gestão empresarial, Stew Leonard, que lidera a cadeia norte-americana Leonard’s, reconhecida pela inovação na área do serviço, Constantinos Markides, igualmente na vertente estratégica da gestão, bem como Wolfang Grulke, considerado um visionário e autor do livro “Ten Lessons from the Future”, orador que vem na linha de Kjel Nordstrom, sueco que encantou a plateia em Fevereiro. Finalmente, a nível internacional participa também Jeff Smith, alto quadro da Accenture que irá trazer uma panorâmica do retalho a nível mundial.

Quanto aos oradores portugueses, contamos com a participação de dois ex-ministros das finanças, nomeadamente Ernâni Lopes e Eduardo Catroga, os quais naturalmente dispensam apresentações, mas demonstram de forma clara a própria lógica deste Congresso, que pretende ser um fórum de discussão de grandes temáticas e da envolvência do mundo económico, numa perspectiva, portanto, mais global do que técnica.

Esta linha programática, aliás, já tinha sido seguida na primeira edição. Vieira e Silva, presidente da APED, confirmou que «em equipa que ganha mexe-se pouco», justificando dessa forma a continuidade da abordagem para esta nova edição. Ainda assim, em 2006 haverá um painel específico sobre Distribuição, mas também ele analisado de um ponto de vista o mais abrangente possível. O evento será dividido em quatro grandes áreas temáticas: economia portuguesa; liderança e estratégia; os desafios da Distribuição no mundo global; modernidade e inovação. O leque de ilustres convidados é completado com os momentos lúdicos previstos, que também no início do ano constituíram um enorme sucesso. No próximo pontificam os Gato Fedorento e José Pedro Gomes, ou seja, até nesta vertente o Congresso se destaca pela qualidade dos intervenientes.