Chianti confiscado

Cerca de nove milhões de garrafas de Chianti Clássico foram confiscadas pelas autoridades italianas às adegas de topo da região da Toscânia, incluindo a Ruffino, como parte de uma investigação de fraude. A Ruffino é uma das importantes empresas envolvidas involuntariamente nesta investigação que levou as autoridades a confiscar um total de 70 mil hectolitros de Chianti Clássico DOCG.

Piero Conticelli, proprietário da Cavico, uma empresa localizada na região de Florença, é acusado de defraudar outros produtores de Chianti, vendendo grandes quantidades de vinho, fazendo-o passar por Chianti Clássico produzido fora da região com denominação de origem entre os anos 2001 e 2004. A Ruffino, um dos maiores produtores da região, tem o seu stock de Chianti Clássico de 2,5 milhões de garrafas fechadas nas suas caves, revelando Adolfo Folonari, um dos administradores da empresa, que «estamos a colaborar com as autoridades, de modo a podermos localizar o vinho que tem sido utilizado para a vinificação do Chianti Clássico». Giuseppe Liberatore, director do Consorzio Chianti Clássico, salienta, por sua vez, que a missão da associação é defender os seus membros da produção ilegal e de outros esquemas que poderão prejudicar este sector, concluindo que «até conhecermos uma decisão, não apontaremos o dedo a ninguém».