FMCG Marcas

Parmalat cotada e cobiçada

Por a 6 de Outubro de 2005 as 14:57

A italiana Parmalat, um dos nomes mais significativos da produção alimentar europeia, está de volta à bolsa de valores. Superado o escândalo financeiro que a abalou em 2003, a empresa parmesã coloca hoje no mercado de Milão cerca de 1,6 milhões de títulos, com um preço nominal de um euro, embora possam ser negociadas a um valor mais alto na ordem dos 2,5 ou 2,6 euros.

Mediante a cotação em bolsa, a Granarolo, a segunda maior empresa de lacticínios de Itália e principal rival nacional da empresa parmesã (Granarolo e Parmalat possuem em conjunto 55% do mercado de lacticínios italiano), volta a reafirmar o interesse na aquisição da totalidade do capital da Parmalat, podendo mesmo avançar com uma proposta de 1,9 mil milhões de euros, segundo a imprensa transalpina. Outro dos possíveis interessados seria a francesa Lactalis, que tem visto o seu nome envolvido no negócio pelos media italianos. A Nestlé também chegou a ser tida como possível comprador, mas o pretenso interesse da multinacional alimentar suíça foi, entretanto, desmentido.

Paralelamente, o grupo Parmalat apresentou recentemente um pedido de indemnização ao banco Crédit Suisse First Boston no total de 7,1 mil milhões de euros, sob a acusação de ter contribuído para falência da empresa. O nome da instituição bancária está incluído numa lista criada aquando da entrada da companhia em bolsa sob administração judicial, em finais de 2003, e onde figuravam diversas entidades bancárias, sendo uma das visadas das acções judiciais iniciadas pelo administrador judicial da Parmalat, Enrico Bondi. A cotação bolsista da Parmalat permitirá à companhia pagar aos seus credores mediante a emissão de acções, sendo de esperar desenvolvimentos nos próximos dias.