Bebidas

InBev na liderança

Por a 19 de Setembro de 2005 as 13:51

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Desde a sua criação, em Agosto de 2004, que a InBev se tem assumido como a principal empresa cervejeira à escala mundial, reunindo um total de 143,6 milhões de hectolitros vendidos. Marca que, no entanto, não lhe permitiu afirmar-se como líder absoluto de mercado, assumindo-se a Anheuser-Busch como a mais significativa em termos de valor, com 14,2 biliões de dólares facturados no mesmo período. Os dados são referentes a 2003, e embora nesta altura a Interbrew e a AmBev apresentassem operações separadas, os valores considerados para análise reportam ao total conjunto de ambas as empresas. Nesse sentido, os 143,6 milhões de hectolitros vendidos em 2003 foram suficientes para atribuir à InBev (proprietária das marcas Stella Artois, Brahma e Beck’s) a liderança das vendas em volume à escala mundial, posto perseguido pela SAB Miller que se ficou pelos 133,5 milhões de hectolitros. A Anheuser-Busch, apesar de ser apenas a terceira classificada do ranking em termos de volume, é a principal empresa cervejeira mundial em termos de valor, ao facturar um total de 14,2 biliões de dólares, valor bem acima do apresentado pela SAB Miller (12,6 biliões dólares) e InBev (10,8 biliões dólares). Em quarto lugar, e a fechar o grupo das principais empresas a nível mundial, encontra-se a holandesa Heineken, que, em 2003, facturou 10,5 biliões de dólares, fruto de 94,5 milhões de hectolitros de cerveja vendidos.

À margem dos resultados, a indústria tem-se pautado por uma actividade crescente de fusões e aquisições estratégicas. Nesse sentido, e à medida que a proprietária da agora intitulada Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, a Scottish & Newcastle, e a Calsberg fortalecem a sua parceria através de um serviço técnico “on-trade”, a Heineken assume a distribuição das marcas da FEMSA nos Estados Unidos, prevendo-se que o futuro próximo da indústria seja caracterizado pela consolidação através da criação de outras alianças, embora comecem a ser limitadas as oportunidades de criação de outros grandes grupos cervejeiros.

De facto, as fusões e as aquisições têm particular tendência a ocorrer, neste mercado principalmente, a nível local. Esta ideia é reforçada pela aquisição, no ano de 2004, da Holsten pela dinamarquesa Carlsberg, a que se junta a expansão da Heineken para as regiões a Sul, através de uma política de aquisição de quotas, enquanto que a InBev, agora proprietária da Spaten, investiu perto de 300 milhões de dólares numa nova unidade produtora.